A conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre o caminho para o senador Cid Gomes concorrer, em 2026, à reeleição. Foi o próprio Cid, em declaração publicada pelo Jornal O Globo, que revelou a agenda com o presidente Lula para discutir a sua filiação ao PT. O encontro entre ambos deve acontecer nesta semana. Cid chegou a admitir que, ao término do atual mandato, não mais disputaria uma nova eleição, mas o incentivo de amigos e correligionários o coloca, de forma antecipada, na corrida por uma das duas vagas ao Senado. Afinal, na visão de lideranças políticas municipais, Cid terá, com o apoio de Lula, Camilo e Elmano, ‘céu de brigadeiro’ para permanecer por mais oito anos em Brasília.
DISSIDÊNCIA DO PDT
FORTALECE CID
A
dissidência no PDT aberta nas eleições de 2022 fortalece o senador Cid Gomes na
política estadual, embora o conflito partidário interno deixe dissabores nas
relações pessoais e familiares. Cid surgiu como líder dos dissidentes e comanda
um bloco com 43 prefeitos, quatro deputados federais e 10 deputados estaduais.
O movimento é sintonizado com o Ministro da Educação, Camilo Santana, e com o
Governador Elmano de Freitas.
A
proximidade com Camilo e Elmano faz Cid Gomes construir uma ponte para o
futuro, que é a disputa da reeleição. Cid subiria ao palanque com o apoio do
presidente Lula e, se o cenário econômico, político e eleitoral dos próximos
dois anos for estável, dificilmente a oposição terá uma das vagas ao Senado em
2026. É com essa lupa que Cid constrói o presente e o futuro.
DISSABORES E CONFLITOS
FAMILIARES
A
briga pelo comando do PDT é contra o grupo do irmão, Ciro, que, nessa ala, é
acompanhado pelo prefeito de Fortaleza, José Sarto, pelo ex-prefeito Roberto
Cláudio, pelo presidente nacional do partido, deputado federal André Figueiredo
e pelos deputados estaduais Cláudio Pinho, Antonio Henrique e Queiroz Filho. O
desconforto na convivência familiar, que é marcado pelo distanciamento com o
irmão Ciro, não esmoreceu o senador de levar à frente o movimento para
controlar o PDT. Movimento pró-Palácio da Abolição que o credencia na aliança
com o PT.
BRIGA NA JUSTIÇA
Cid
comprou a briga e ganhou na Justiça o direito de permanecer na Presidência
Regional do PDT até o dia 31 de dezembro, mas, antes dessa data, quer, com as
bênçãos do presidente Lula, redefinir o rumo partidário. A filiação ao PT terá
reflexos diretos na disputa pela Prefeitura de Fortaleza em 2024, com mais um
embate com o irmão, Ciro. Cid é Camilo, Elmano e Lula. Ciro é oposição aos
Governos Estadual e Federal e, na Capital, trabalha firme para reeleger o
prefeito José Sarto.
Fonte: Ceará Agora.
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