A Volkswagen disse nesta terça-feira (27) que vai parar a produção nas fábricas de São José dos Pinhais (PR), São Bernardo do Campo e Taubaté (SP) por conta da estagnação do mercado automotivo.
Segundo a empresa, o mercado automotivo no Brasil não está crescendo. Dados do Renavam atestam que as vendas de veículos diminuíram 20,4%.
A produção irá ser suspensa nas fábricas de São José dos Pinhais (PR), São Bernardo do Campo e Taubaté (SP). | Reprodução/Volkswagen
O anúncio ocorre enquanto as medidas de
incentivo ao carro popular adotadas pelo governo federal no início do mês ainda
não se refletem no número de licenciamentos de automóveis.
De acordo com dados do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), a média até segunda-feira (19) é de 6.285 unidades vendidas por dia. O número, que inclui veículos leves e pesados, indica uma diminuição de 20,4% na comparação com o mesmo período de maio.
A Volkswagen disse que a fábrica de São
José dos Pinhais (PR), onde é produzido o T-Cross, está com um turno em layoff
desde o dia 5 de junho, com duração prevista entre dois e cinco meses. O outro
turno estará parado entre esta segunda (26) e sexta-feira (30), em regime de
banco de horas.
Já na unidade de Taubaté (SP), onde são
fabricados o Polo Track e o Novo Polo, os dois turnos de produção estarão
interrompidos durante esta semana, também em regime de banco de horas.
Na fábrica Anchieta, em São Bernardo do
Campo, onde são produzidos o Novo Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, a empresa
protocolou férias coletivas de dez dias para os dois turnos a partir de 10 de
julho.
A Volkswagen afirma que as ferramentas de
flexibilização estão previstas em acordo coletivo firmado entre o Sindicato e
seus funcionários.
PROGRAMA DE 'CARRO POPULAR' JÁ USOU 84% DOS
RECURSOS
Os recursos solicitados pelas montadoras
no plano que dá descontos em carros, lançado pelo governo Lula (PT), já
correspondem a 84% do total disponível e chegam a R$ 420 milhões. O dado foi
divulgado na última sexta-feira (23) pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços.
O valor total disponibilizado para a
modalidade de veículos leves foi de R$ 500 milhões. Os descontos patrocinados
pelos cofres públicos vão de R$ 2.000 a R$ 8.000, mas muitas empresas têm
aplicado margens maiores por conta própria. Veja a lista completa de carros com
desconto.
A Fiat, do grupo Stellantis, é a
montadora que mais pediu recursos do programa, com R$ 190 milhões em créditos
tributários. Sozinha, ela consumiu 38% do volume de crédito tributário
autorizado pelo governo. A Volkswagen solicitou R$ 60 milhões.
Entre as outras montadoras que aderiram
ao plano, a Peugeot Citroen pediu R$ 50 milhões, enquanto Hyundai e Renault
somaram R$ 40 milhões em créditos. Também foram autorizados R$ 20 milhões para
GM e R$ 10 milhões para Honda, Nissan e Toyota.
Autor:FOLHAPRESS
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