Em um evento do PL em Jundiaí (SP), o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que as vacinas contra a covid-19 continham grafeno. "Agora, vão cair para trás aqui", iniciou ele. "A vacina tem dióxido de grafeno, tá? Onde ele se acumula? Nos testículos e ovários", continuou. Bolsonaro ainda garantiu em sua fala que leu a bula do laboratório Pfizer. "Eu li a bula."
Após declarações falsas de Bolsonaro, Anvisa alerta a população e ressalta que as vacinas são aprovadas mediante a avaliação de sua eficácia.
Bolsonaro se desculpa por declarações falsas sobre vacina | Reprodução/Agência Brasil
Diante dessa
declaração falsa do ex-presidente, Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) se manifestou neste domingo (18), por volta das 10h, e disse que que
autoriza imunizantes e remédios após avaliar sua eficácia e segurança. Por
tanto, "Nenhuma vacina aprovada possui grafeno", disse a Anvisa.
Após resposta
da Anvisa, Bolsonaro pediu desculpas neste domingo (18) por fazer uma acusação,
sem provas, de que vacinas continham grafeno. As desculpas foram publicadas em
uma rede social. "Houve um equívoco da minha parte. Mais uma vez lamento o
falado e peço desculpas ", disse Jair Bolsonaro, ex-presidente.
Bolsonaro se
retratou e alegou que, por ser "entusiasta do potencial de emprego do
óxido de grafeno", relacionou "inadvertidamente" o grafeno com a
vacina. Ele destacou o "fato [foi] desmentido em agosto de 2021".
Todas essas
declarações foram feitas em duas redes sociais do ex-presidente. Uma no
Facebook, às 7h, antes do alerta da Anvisa à população e depois no Instagram,
às 11h, por meio do "stories", em que as mensagens desaparecem em 24
horas. Até as 13h de hoje, não houve publicação no Twitter no Telegram por
parte de Bolsonaro.
Fake
news sobre eleições
Por conta de
declarações que foram feitas a embaixadores estrangeiros às vésperas da
campanha eleitoral, Bolsonaro deve ser julgado esta semana no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) por questionar, sem provas, supostas falhas graves no sistema
eleitoral brasileiro.
O Ministério
Público eleitoral pediu que Bolsonaro seja condenado a ficar inelegível por
praticar abuso de poder político em um ataque às urnas eletrônicas. Caso seja
condenado, Bolsonaro ficaria proibido de disputar as eleições de 2026 e 2030.
Com
informações de UOL
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