As vendas de gasolina no Brasil pelas distribuidoras totalizaram 19,7 bilhões de litros no primeiro semestre deste ano, representando uma alta de 10,8% em relação ao mesmo período de 2021, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (20) pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Venda de gasolina pelas distribuidoras chegou a 19,7 bilhões no primeiro semestre-EDU GARCIA/R7 - 06.07.2022
Já as vendas de etanol hidratado recuaram 13,9% no semestre, em relação a janeiro a junho de 2021, totalizando 7,9 bilhões de litros no mercado interno. O diesel, considerando-se a soma do S10 e do S500, registrou alta de 2,74% nas vendas, com 30,5 bilhões de litros.
Considerando todos os combustíveis, as vendas de distribuidoras
somaram 59 bilhões de litros no Brasil durante o primeiro semestre, o que
representou um aumento de 1,77% na comparação com o mesmo período do ano
passado.
O aquecimento do consumo coincide com a sequência de aumentos no preço dos
combustíveis. O último reajuste dos preços da gasolina feito pela
Petrobras foi realizado em 18 de junho, com aumento de 5,18%.
Mas, nesta quarta-feira (20), o preço da gasolina foi
reduzido em R$ 0,20 nas refinarias às distribuidoras. O valor do litro passou
de R$ 4,06 para R$ 3,86, uma queda de 4,9%. Foi a primeira redução feita pela
Petrobras desde dezembro do ano passado. Com isso, o valor retoma o patamar
médio de preços das refinarias que era praticado em maio e junho.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de
gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada
nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96,
em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba.
Para o consumidor, a queda no preço não é imediata
nos postos de combustíveis. Na última semana, o valor médio cobrado pelo litro
da gasolina era de R$ 6,07, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo,
Gás e Biocombustíveis), o que corresponde a uma queda de R$ 1,32 (-17,9%) no
intervalo de um mês.
Nos últimos dois anos, o valor médio da gasolina nos postos de
combustíveis chegou a variar 45%. O aumento foi resultado da política de
paridade internacional da Petrobras e dos impactos que a pandemia e a guerra na
Ucrânia trouxeram ao mercado de commodities.
A inflação e os preços dos combustíveis
pressionaram o governo federal em ano eleitoral. Na tentativa de abaixar os
preços, algumas medidas foram adotadas. Além de zerar os impostos
federais, o ICMS (tributo estadual) passou a ser limitado a 18%. Lei sancionada
no dia 23 de junho fixou um teto para a cobrança do imposto sobre combustíveis,
energia elétrica, telecomunicações e transporte urbano. Antes, cada ente
federativo tinha autonomia para determinar a taxa sobre o combustível.
R7
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