A partir de 1º
de abril, os servidores do Banco Central (BC) entram em greve por tempo
indeterminado. O movimento foi aprovado hoje (28) em assembleia pela categoria,
que pede a extensão, para os funcionários do órgão, dos aumentos aprovados para
os policiais federais no Orçamento de 2022.
Desde o último dia 17, a categoria vinha fazendo
paralisações diárias das 14h às 18h. Desde o início do ano, os servidores do
órgão vinham trabalhando em esquema de operação-padrão, com as equipes
trabalhando mais lentamente, e atrasando a divulgação de indicadores.
Nas últimas semanas, diversas publicações do BC,
como o boletim Focus (pesquisa com instituições financeiras) e as respostas do
questionário que antecedem as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom),
saíram com atraso. Hoje pela manhã, foi divulgado que o órgão não divulgará
diversas estatísticas mensais previstas para esta semana, como os relatórios de
contas externas, do mercado de crédito e sobre as contas públicas.
A divulgação de eventos e de informes para a
imprensa também tem atrasado. A mudança de calendário dos saques dos valores a
receber só foi informada durante o fim de semana.
Segundo entidades que representam os
trabalhadores do Banco Central, o presidente do órgão, Roberto Campos Neto,
reuniu-se no último sábado (26) com servidores para discutir reajustes
salariais e reestruturação de carreira. As conversas, no entanto, não
avançaram. Sem propostas oficiais, os funcionários aprovaram a greve por tempo
indeterminado.
(*) Com informações Agência Brasil
0 Comentários