No dia seguinte ao
ter descumprido orientação do Ministério da Saúde para evitar aglomerações, o
presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a pandemia do coronavírus e disse
nesta segunda-feira (16) que a crise mundial "não é isso tudo que
dizem".
O Presidente Jair Bolsonaro minimizou a pandemia do coronavírus. | Antônio Cruz/Agência Brasil |
Na entrada do Palácio
da Alvorada, onde parou para conversar com um grupo de eleitores, ele ficou
distante dos apoiadores e evitou dar as mãos, apesar de não ter seguido essa
recomendação no protesto de domingo (15). O presidente afirmou ainda que a
epidemia da doença na China, considerado o epicentro da doença, está
"praticamente acabando". O país asiático teve até agora 81 mil casos
confirmados de coronavírus, com 3.204 mortos. No mundo, são 6.513 mortos até
agora.
"Foi
surpreendente o que aconteceu na rua. Até com esse superdimensionamento. Tudo
bem que vai ter problema. Vai ter. Quem é idoso e está com problema ou
deficiência. Mas não é isso tudo que dizem. Até que na China já está
praticamente acabando", afirmou.
No Brasil, segundo o
Ministério da Saúde, já há 200 casos confirmados. E a previsão é de que o
número apresente um grande aumento nas próximas semanas, atingindo um pico no
país.Na entrada da residência oficial, o presidente chamou os veículos de
imprensa de mentirosos e disse que nunca defendeu o fechamento do Legislativo
ou do Judiciário. No protesto convocado pelo presidente, no entanto, havia
cartazes e faixas contra os dois poderes.
"Imprensa
mentirosa aí. Capa dos jornais aí falando que eu estou falando para fechar o
Congresso ou Supremo. Nunca falei isso, nada. Tudo é mentira. O tempo
todo", afirmou.
No domingo (15), o
presidente criticou o interesse do Congresso em controlar cerca de R$ 15
bilhões do Orçamento 2020 e mandou os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a irem às ruas. Em entrevista à
CNN Brasil, ele também chamou de "extremismo" e "histeria"
medidas adotadas diante da pandemia do coronavírus. Bolsonaro foi durante
criticado por ter estimulado as manifestações.
FOLHAPRESS
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