Apesar de ser um tumor raro, com
incidência maior em homens a partir dos 50 anos, o câncer de pênis é uma
realidade e que pode ter como consequências a amputação. No Brasil, esse tipo
de tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, de
acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), sendo mais frequente nas
regiões Norte e Nordeste do país.
Divulgação. |
Estudos
científicos apontam a relação da doença com a infecção pelo vírus HPV
(papilomavírus humano), além da predisposição do câncer em homens que tenham má
higiene íntima e o estreitamento do prepúcio (pele que reveste a glande – a
“cabeça” do pênis). Para o cirurgião urologista da Pró-Saúde, Cassiano Barbosa,
o diagnóstico precoce é fundamental para evitar a evolução do tumor e a
amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e
psicológicas ao homem. “No estágio inicial, a doença tem alta taxa de cura,
mais uma parcela significativa dos pacientes demora em procurar ajuda médica,
permitindo que o câncer se espalhe. Nesses casos, aumentam as chances da
amputação”, ressalta o médico, que atua como diretor técnico do Hospital
Regional do Sudeste do Pará, em Marabá (PA). A unidade é mantida pelo Governo
do Estado, sendo gerenciado pela Pró-Saúde desde 2006.
Prevenção e
diagnóstico
A higiene
íntima do órgão com água e sabão está entre as principais formas de prevenção.
A higiene deve ser realizada, principalmente, após as relações sexuais. A
cirurgia de fimose, quando a pele do prepúcio é estreita e impede a exposição
da cabeça do pênis, também reduzem as chances de desenvolver a doença.
Alerta aos
sintoma
Cassiano
explica que o sintoma mais comum do câncer de pênis envolve uma feridade
persistente na região do órgão, ou uma tumoração na glande, prepúcio ou corpo
do pênis. “Esses sinais, associados a uma secreção branca (esmegma), podem
indicar o câncer. É importante sempre consultar um especialista para o
diagnóstico precoce”, ressalta. O profissional destaca a importância dos exames
periódicos, em especial aos homens acima dos 50 anos. “Se houver alguma
suspeita do câncer, o paciente é encaminhado para fazer uma biopsia, onde é
retirado um fragmento do tecido para descartar ou não a doença”, explica. O
profissional ressalta que a cura é possível até mesmo nos casos mais complexos,
porém o tratamento depende da extensão do local do tumor.
“Quanto mais
cedo houver o início do tratamento, as chances de cura aumentam. Os homens
precisam ter essa consciência com a própria saúde”, conclui.
Sobre a
Pró-Saúde
A Pró-Saúde
é uma entidade filantrópica que realiza a gestão de serviços de saúde e
administração hospitalar há mais de 50 anos. Seu trabalho de inteligência visa
a promoção da qualidade, humanização e sustentabilidade. Com 16 mil
colaboradores e mais de 1 milhão de pacientes atendidos por mês, é uma das
maiores do mercado em que atua no Brasil. Atualmente realiza a gestão de
unidades de saúde presentes em 23 cidades de 12 Estados brasileiros — a maioria
no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). Atua amparada por seus princípios
organizacionais, governança corporativa, política de integridade e valores
cristãos. A criação da Pró-Saúde fez parte de um movimento que estava à frente
de seu tempo: a profissionalização da ação beneficente na saúde, um passo necessário
para a melhoria da qualidade do atendimento aos pacientes que não podiam pagar
pelo serviço. O padre Niversindo Antônio Cherubin, defensor da gestão
profissional da saúde e também pioneiro na criação de cursos de Administração
Hospitalar no País, foi o primeiro presidente da instituição.
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