Duas bases aéreas que abrigam
tropas dos Estados Unidos e da coalizão no Iraque foram atingidas por foguetes,
na noite de hoje. Ainda não se sabe se houve vítimas. O Pentágono confirmou os
ataques, e o Irã assumiu a autoria a ao menos uma das bases.
A
TV estatal iraniana disse que a Guarda Revolucionária Islâmica do país lançou
"dezenas" de foguetes, como resposta à morte do
general iraniano Qassim Soleimani, na última quinta-feira, após um ataque
americano. O nome
da operação de hoje, inclusive, foi "Mártir Soleimani", segundo a
emissora. De acordo com os Estados Unidos, teriam sido 12 mísseis. Uma das
bases atingidas foi Ain al-Asad, em Anbar. A outra se localiza em Irbil, na
região semiautônoma do Curdistão.
O
principal negociador do Irã para assuntos nucleares, Saeed Jalili, postou a
imagem da bandeira iraniana no Twitter, logo depois dos primeiros relatos de
ataques à base aérea de Al-Asad. O fato lembra atitude do presidente
norte-americano Donald Trump, que na semana passada postou uma bandeira dos EUA
em sua conta na rede social após o ataque que matou Soleimani.
A porta-voz da Casa Branca,
Stephanie Grisham, disse que Trump já foi informado dos ataques de hoje.
"Estamos cientes dos relatos
de ataques às instalações dos EUA no Iraque. O presidente foi informado e está
monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança
nacional", disse ela.
Segundo a CNN, o Secretário de
Estado, Mike Pompeo, e o Secretário de Defesa, Mark Esper, já estão na Casa
Branca com Trump para analisar a situação.
"Está claro que esses
foguetes foram lançados do Irã e atingiram pelo menos duas bases militares
iraquianas que hospedavam militares e coalizões dos EUA em Al-Assad e
Irbil", afirmou Jonathan Hoffman, assistente do Secretário de Defesa para
Assuntos Públicos, em comunicado. "Estamos trabalhando nas avaliações
iniciais dos danos de batalha", completou.
Segundo o Pentágono, as duas bases
americanas atingidas já estavam em alerta máximo "devido a indicações de
que o regime iraniano planejava atacar nossas forças e interesses na
região".
"Ao avaliarmos a situação e
nossa resposta, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger e defender
o pessoal, parceiros e aliados dos EUA na região", afirmou o Pentágono.
Uma autoridade dos EUA disse à CNN
que não há relatos de vítimas até o momento, mas que uma avaliação ainda está
em andamento.
Em
dezembro de 2018, Donald Trump fez uma visita surpresa à base de Al-Asad,
atingida hoje, para declarar que " os Estados
Unidos não podem continuar a ser a polícia do mundo".
Fonte: UOL
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