Os cearenses já desembolsaram R$ 45,2 bilhões de impostos até esta
quarta-feira (18), de acordo com o Impostômetro, da Associação Comercial de São
Paulo (ACSP). O montante é 7,65% maior que em igual período do ano passado,
quando foram recolhidos R$ 42 bilhões em tributos dos cearenses, e representa
1,74% do total da arrecadação do País.
O ritmo de crescimento da arrecadação no Ceará é superior à
média nacional. Ainda, segundo o Impostômetro, a arrecadação no País, até a
noite de ontem, marcava um resultado de R$ 2,4 trilhões, 4,8% a mais que o
registrado em igual período do ano anterior (R$ 2,2 trilhões).
Na avaliação do economista Ricardo Coimbra, mestre em
Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), parte significativa do
aumento observado da arrecadação pode ser relacionada à produção mais intensa
da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que acaba gerando uma movimentação
maior de recursos. Além disso, ele pontua que o avanço dos segmentos de
comércio e serviços auxiliam na economia do Estado.
“A economia do Ceará é muito atrelada com o segmento do
comércio e dos serviços. Se eles deram uma melhorada em relação ao ciclo
anterior, você acaba tendo um crescimento de arrecadação”, avalia o
economista.
Coimbra ainda ressalta que a arrecadação no Estado aponta
para uma perspectiva de crescimento maior que a do País. “A expectativa é que,
neste ano, a economia do Ceará feche o ano com um crescimento acima de 2,5%,
enquanto a do País deve avançar algo próximo de 1%”.
Expectativas
Segundo o economista, os projetos estruturantes enviados pelo Governo Federal e
que tramitam no Congresso Nacional, em especial a reforma Tributária, deverão
impactar a arrecadação de impostos nos próximos anos. “O principal objetivo da
reforma Tributária não é diminuir a arrecadação, pelo contrário, é aumentá-la,
mas com uma recomposição de tributos – uns irão pagar mais, outros menos. De um
modo geral você terá um crescimento de arrecadação”, observa o
especialista.
(Diário do
Nordeste)
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