Além de
trazer esperança ao sertanejo, as últimas chuvas fizeram renascer uma das
cachoeiras mais antigas do Cariri, a de Missão Velha, conhecida por sua beleza
e riqueza histórica, uma vez que o local é citado, por estudiosos, como ponto
de encontro entre cangaceiros, que marcaram a história do sertão, no inicio do
século XX
Predominantemente
seca durante quase todos os meses do ano, a mudança de cenário é responsável
por atrair visitantes de todas as partes. A deslumbrante queda d’água de 12
metros, formada pelo Rio Salgado, é um atrativo natural, tornando o lugar um
dos principais pontos de visitação durante o período invernoso.
Entretanto,
com a mesa intensidade que encanta, a força da correnteza ameaça. O Corpo de
Bombeiros adverte que o banho na cachoeira não é recomendado, devido à força da
água e as pedras serem escorregadias. Nos últimos anos tem sido frequente
pessoas morreram no local.
Riqueza
histórica
A
cachoeira de Missão Velha compõe o Geopark Araripe, formado por nove geossítios
que estão distribuídos em seis municípios da Região do Cariri: Batateiras
(Crato), Pedra Cariri e Ponte de Pedra (Nova Olinda), Parque dos Pterossauros e
Pontal de Santa Cruz (Santana do Cariri), Cachoeira de Missão Velha e Floresta
Petrificada (Missão Velha), Riacho do Meio (Barbalha), Colina do Horto
(Juazeiro do Norte).
No
Geossítio Cachoeira de Missão Velha encontra-se a Rocha Sedimentar Arenito da
formação Cariri, com aproximadamente 420 milhões de anos (período Siluriano).
Além da Cachoeira existe o vale de quase três quilômetros de extensão do Rio
Salgado. Associado a este vale ocorre um exuberante corredor de vegetação de
grande porte, que adiciona a este geossítio elevado valor ambiental e
ecológico.
Lendas
Além da
grande beleza paisagística, a Cachoeira guarda consigo muitas lendas que foram
passadas de geração a geração. Uma das mais contadas é da Mãe D’água. Reza a
lenda que uma voz misteriosa e criminosa chama os banhistas aos locais
perigosos, levando- a morte. Outras lendas como o “Poço Triste”, a “Índia
Encontrada” e a “Pedra da Glória” evidenciam, ainda mais, a singularidade do
local.
ANDRÉ
COSTA
COLABORADOR
Fonte: Diário
do Nordeste-Foto Franzé Souza.
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