Vislumbrando a possível chegada de uma graduação em Cinema e Mídias Digitais na Universidade Federal do Cariri (UFCA), a comissão de criação deste curso, junto com a Revista Sétima de Cinema, realizarão, na próxima quarta-feira (08), às 19h, no mini-auditório da instituição, um debate sobre a produção e exibição de cinema nos meios digitais. Para a discussão, foram convidados os cineastas caririenses Jefferson de Albuquerque Pedro Jorge de Castro.
Além de discutir os novos meios digitais, o evento também debaterá a importância dos espaços de formação na região do Cariri. Por isso, a atividade é voltada, principalmente, para realizadores, estudantes, professores e ao público em geral interessado em cinema. A entrada é franca. “Os dois cineastas debaterão sobre os espaços de ensino e de suas práticas de realização no cinema. Ambos tem larga experiência cinematográfica e fazem parte dos precursores da região”, garante a professora Adriana Botelho.
A docente conta que, a partir da criação da Universidade Federal do Cariri, em 2013, professores, estudantes e técnicos administrativos reuniram-se em assembleias para pensar a ampliação e desenvolvimento das áreas de estudo e pesquisa acadêmicas. “Foi a partir desses encontros, que formou-se um grupo que desde então vem organizando atividades para pensar a criação do curso de Cinema e Mídias digitais”, explica Adriana.
A professora Adriana acredita que o cinema, como “arte da modernidade industrial”, se soma às discussões acadêmicas e produções culturais da região para contribuir com o fortalecimento local e nacional. “O Cariri é uma região que se destaca por suas manifestações culturais e históricas e entendendo que na contemporaneidade a disputa pela legitimação dos discursos e elaboração imagética que acontece nos espaços sociais passa necessariamente pelos novos meios digitais e tecnológicos”, justifica.
Os palestrantes
Nascido em Aurora, Pedro Jorge de Castro, 74, é diretor, roteirista e professor. Dirigiu alguns filmes como “O Calor da Pele” (1994), “Brasília, a última utopia” (1989), “Tigipió, uma questão de honra” (1987). Já Jefferson de Albuquerque, 70, natural de Crato, também é diretor, diretor de arte e ambientalista. Dirigiu produções como “Dona Ciça do Barro Cru (1981)”, “Músicos Camponeses” (1983), “Patativa do Assaré, um poeta do povo” (1984), “O Cinematógrafo Herege” (2011), “Uma História da Terra” (2012).
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