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O Governo do Estado espera concluir, até o final deste ano acordo para a Refinaria do Ceará

Segundo o Governo do Estado, o projeto ainda espera aprovação de agência chinesa


28/01/2017

O Governo do Estado espera concluir, até o final deste ano, as tratativas com o governo chinês para a instalação de uma refinaria no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). Segundo o secretário de Assuntos Internacionais do Governo do Estado do Ceará, Antonio Balhmann, até lá o projeto do empreendimento deve ser encaminhado a National Development and Reform Commission of the People's Republic of China (NDRC), entidade que negocia projetos previstos no acordo Brasil-China.

Além do projeto, há questões relativas a licenciamento ambiental. "Temos uma pré-agenda para que até o final do ano a gente tenha definido questões relacionadas aos impactos ao meio ambiente. E, se aprovado pelo NDRC, a parte financeira já começa no início do próximo ano", disse Balhmann.

No último dia 20, o secretário se reuniu com o corpo técnico montado pela Guangdong Zherong Energy Co. (GDZR), na China, para iniciar os trabalhos de formatação para a implantação da refinaria. Segundo Balhmann, como o projeto da refinaria cearense foi montado inicialmente pela Petrobras, é necessária a sua adequação aos modelos da GDZR. Mas como o novo empreendimento está previsto para o mesmo local da Premium II, para a qual já foram realizados os estudos de impactos ambientais, como EIA/RIMA, o processo deve correr de maneira mais rápida. "Com isso pronto, a gente já ganha tempo", disse.

Investimento

Com um valor estimado entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões, o empreendimento será construído com recursos previstos no acordo Brasil-China, que conta com um fundo de financiamento de projetos prioritários no valor de US$ 20 bilhões, sendo composto por 70% de recurso chinês e 30% brasileiro.

Caso o projeto seja confirmado, a refinaria será abastecida com óleo da National Iranian Oil Company (Nioc), principal empresa petrolífera do Irã.

"A Guangdong era a única empresa que tinha autorização do governo chinês para comprar óleo iraniano, mesmo quando o Irã ainda estava sob sanção do ocidente. Então isso significa dizer que essa empresa tem uma grande ligação com a Nioc", destacou Balhmann.

Missão ao Irã

No último dia 17, o governador Camilo Santana se reuniu com representantes da Nioc, no Irã, para discutir a instalação da refinaria. Na ocasião, o governador ressaltou o interesse dos iranianos em firmar uma parceria com o governo do Estado para viabilizar o projeto. "O elemento importante, da missão ao Irã, é que a Nioc será a supridora de óleo da refinaria", disse Balhmann.

Em novembro do ano passado, o Camilo Santana assinou um memorando de entendimento com a GDZR no qual foi formalizada a intenção da empresa em realizar estudos para a instalação do empreendimento em território cearense. Caso a refinaria se confirme, ela será instalada na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE), com capacidade para produzir diariamente 300 mil barris de petróleo por dia.


Diario do Nordeste

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