A Dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos que ocorre em áreas tropicais e subtropicais. A doença é transmitida por mosquitos fêmea, principalmente da espécie Aedes aegypti e, em menor proporção, da espécie Aedes albopictus.
Desde 2000, estes são os números mais elevados da doença notificados pela Saúde.
O estado com o maior número de casos prováveis é Minas Gerais | Foto: reprodução
Pessoas infectadas com o vírus
pela segunda vez têm um risco significativamente maior de desenvolver doença
grave.
Os sintomas são febre alta,
erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos graves, há
hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando uma pessoa perde mais de 20% do
sangue ou fluido corporal), o que pode ser fatal.
O Brasil já tem 2.451 mortes
confirmadas por dengue em 2024 e um total de 4.603.825 casos prováveis de
dengue, conforme relatório atualizado pelo Painel de Monitoramento de
Arboviroses do Ministério da Saúde nesta sexta-feira (10).
Em relação aos casos
confirmados, já são 2.842.204.
O estado com o maior número de
casos prováveis é Minas Gerais, contabilizando 1.339.508 registros, e a unidade
federativa com mais óbitos, é São Paulo, com 668 mortes. Nos últimos 24 anos,
esses números representam os mais elevados já registrados pelo Ministério da
Saúde.
De acordo com especialistas
ouvidos pela Folha, os números de dengue podem aumentar nas próximas semanas no
Rio Grande do Sul devido às enchentes que atingem o estado há quase duas
semanas. A situação já contabiliza 141.213 casos prováveis e 128 mortes na
região.
O quadro de dengue pode se
intensificar após a água acumulada nas ruas das cidades baixar e se concentrar
em determinadas áreas. O mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, deposita
seus ovos em água parada, que eclodem em condições de alta temperatura.
Entretanto, o infectologista
consultado, Paulo Behar, destaca que, no momento, a preocupação com o possível
aumento de casos de dengue é secundária. Ele sugere que a combinação entre as
inundações e o clima ameno previsto para os próximos dias pode retardar a
proliferação do mosquito.
Apesar dos números altos, os
casos de dengue estão em queda em 21 estados e no Distrito Federal, de acordo
com dados da pasta da Saúde.
A secretaria de Vigilância em
Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, vê uma redução significativa nos casos,
ressaltando que 22 estados apresentam tendência de queda. Quatro estados
-Ceará, Maranhão, Pará e Tocantins- mantêm estabilidade, enquanto apenas o Mato
Grosso segue com tendência de alta.
DENGUE E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A Pasta da Saúde também
expressou preocupação com as projeções matemáticas do próximo ciclo de dengue.
Pois, espera-se uma antecipação nos casos em 2025, atribuída ao aumento da
temperatura e às ondas de calor.
Frente a essa situação, o
Ministério da Saúde se planeja para promover novas conversações com os estados,
municípios e demais autoridades de saúde, visando reforçar a mobilização e as
medidas preventivas para o próximo ano.
Apesar de não haver certeza
absoluta quanto à previsão, a secretária enfatiza a necessidade de o país estar
pronto para um possível ciclo de dengue antecipado.
Autor:Marli Portilho-DOL/
Folhapress
0 Comentários