Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil apresenta cerca de 11 mil casos de câncer no cérebro todos os anos. Ainda que pareça um número relativamente baixo, o índice de mortes em decorrência do câncer de cérebro é muito alto: mais de 9 mil pessoas acabam morrendo da doença anualmente. Isso corresponde a mais de 84% dos casos. Por isso, o mês de maio ganhou a cor cinza com o objetivo de alertar e conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce dos tumores de cérebro.
A alta taxa de mortalidade da doença reforça a importância da detecção e do tratamento precoce, mesmo que seja um mal quase silencioso. Especialista explica quais os sinais dos diferentes tipos de tumores cerebrais.
Há diversos tipos de tumores que podem atingir o cérebro, dependendo da região e da agressividade | FOTO: divulgação
Para aumentar as chances de
cura, a detecção precoce é a maneira mais eficaz. Segundo José Cláudio Monteiro
Rodrigues, oncologista e neurocirurgião há uma variação de tumores que atingem
a região. “Este tumor pode ser benigno ou maligno. A primeira é caracterizada
por crescimento lento e pode ser resolvida com cirurgia para remoção. Os
malignos são acelerados, apresentam sintomas e necessitam de tratamento mais
complexo”, exemplifica.
De acordo com o médico, as
características mais comuns dos sintomas são dores de cabeça, com surgimento
repentino e intenso, crises convulsivas, alterações das funções neurológicas,
como por exemplo a perda da força e tato dos membros, perda da audição, visão
turva, problemas na fala, dificuldade de raciocínio e compreensão, mudanças
comportamentais, dificuldade de equilíbrio e sonolência acentuada. Os sintomas
variam de acordo com a região em que se encontra o tumor.
EVOLUÇÃO
Em geral, a doença é mais comum
em pessoas com mais de 60 anos, mas sua prevalência varia nas demais faixas
etárias, dependendo do subtipo. “Portanto, a detecção precoce é fundamental
para o tratamento adequado, pois o tumor evolui rapidamente para suas formas
mais agressivas. Caso apareça um ou mais sintomas, é necessário consultar um
médico imediatamente. O diagnóstico é realizado através de exames físicos,
exames clínicos e neurológicos durante a consulta médica. Também são realizados
os exames laboratoriais e de imagens”, alerta o médico.
“As opções de tratamento
dependem do tamanho e localização do tumor e podem ser realizadas por meio de
cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia, sendo que a expectativa de cura,
para tumores dessa natureza, passa necessariamente pela cirurgia”, acrescenta.
O especialista diz que as
causas que levam ao desenvolvimento dos tumores cerebrais ainda não são
totalmente esclarecidas. “Da mesma forma que ocorre com outros tipos de câncer,
ele pode resultar de uma combinação de agentes internos e externos”, esclarece.
Alguns hábitos do dia a dia
podem ajudar a evitar o mal. “De modo geral, uma alimentação controlada,
praticar atividades físicas, evitar fumar, controlar a exposição à radiação
(raios-x e gama), evitar alimentos processados, evitar ingestão de bebidas
alcoólicas, evitar exposição a agentes cancerígenos no trabalho, são hábitos
que previnem contra a ocorrência de tumores não só do cérebro, mas de todo o organismo”,
conclui.
Prevenção
Hábitos saudáveis
O câncer pode ser reduzido com
mudanças de hábitos saudáveis. Como não existe causa relacionada ou fatores de
risco conhecidos para os tumores cerebrais com exceção da exposição à radiação,
dessa forma a maioria dos tumores do SNC não pode ser evitado. Sobre o câncer
existem evidências reais que comprovam a relação entre os hábitos de vida e o
desenvolvimento de tumores.
Não fumar;
Ter uma alimentação saudável e
adequada;
Ter um peso saudável;
Praticar atividade física;
Amamentar;
Fazer o exame preventivo do
câncer do colo do útero;
Tomar a vacina contra o HPV;
Vacinar contra a hepatite B;
Evitar a ingestão de bebidas
alcoólicas;
Evitar alimentos processados;
Evitar a exposição excessiva ao
sol e em horários inadequados;
Evite exposição a agentes
cancerígenos no trabalho.
Em caso de sintomas, procure
assistência médica especializada para estabelecer o diagnóstico e tratamento
precoce.
Fonte: Secretaria de Saúde do
Mato Grosso
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