Em um período de duas décadas, a economia do Cariri testemunhou transformações significativas, com um notável crescimento. Júlio Alves, engenheiro aeronáutico formado pelo ITA e com especializações em finanças pela USP, formação executiva pela Harvard University e Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, enfatiza que esse crescimento aconteceu devido à forte evolução do setor de serviços, impulsionando o PIB da região.
Júlio Alves, especialista em finanças, analisa o panorama econômico da região e aponta desafios para o futuro
Entretanto, nos últimos anos,
esse crescimento tem desacelerado, levantando questões sobre os rumos da
economia regional, uma vez que o Cariri passou a ser uma das regiões de menor
crescimento no Ceará. Analisando os números, Júlio destaca que, nos últimos
cinco anos, 15 dos 25 municípios do Cariri cresceram acima da média regional,
com destaque para Brejo Santo e região. No entanto, o Crajubar, responsável por
mais de 70% da economia do Cariri, teve 5 das suas 7 cidades crescendo abaixo
da média, com desafios, principalmente, em Juazeiro do Norte e Crato, as
maiores economias locais, além de uma forte retração em outros municípios, como
Missão Velha.
“Esses indicadores sinalizam um
cenário de menor evolução e maior volatilidade de nossa economia nos próximos
anos, onde após um período de crescimento, convivemos com maior risco de
retração da atividade econômica nos próximos anos”, alerta Júlio.
Para manter a rota de
desenvolvimento da região do Cariri e a fim de preservar a melhoria dos
indicadores socioeconômicos, o especialista em finanças identifica três
desafios principais:
Retomar o crescimento de
Juazeiro do Norte e Crato, líderes econômicos que agora enfrentam a estagnação;
Estimular o vigor econômico das
cidades de menor porte do Cariri, que ainda mantém altos níveis de crescimento;
Administrar a instabilidade
econômica em algumas cidades, que oscilam entre períodos de crescimento e
retração.
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