O Site Miséria lembra exatos 20 anos de uma tragédia no Cariri que causou repercussão nacional. Por volta das 4 horas da madrugada do dia 21 de fevereiro de 2004 um ônibus da empresa Itapemirim caiu no açude Cipó em Barro matando os 41 passageiros e o motorista. O coletivo fazia a linha Fortaleza/Salvador e era um sábado gordo de carnaval. O mesmo trafegava pela BR-116 quando o motorista Paulo Lima Monteiro, de 43 anos, perdeu o controle de direção caindo no reservatório.
O Site Miséria lembra exatos 20 anos de uma tragédia no Cariri que causou repercussão nacional.
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O ônibus ficou submerso nas águas do açude em Barro (Foto: Reprodução) |
De acordo com o laudo, as 42 vítimas morreram por afogamento já que não conseguiram sair do ônibus em virtude das janelas lacradas já que o veículo ficou submerso. Nele estavam duas crianças, 11 mulheres e 29 homens dos estados do Ceará, Bahia, São Paulo, Distrito Federal, Piauí e Pernambuco. Na época não existia IML (Instituto Médico Legal) em Juazeiro e os corpos foram colocados num caminhão tipo baú e levados para Fortaleza, onde terminaram identificados.
Um dos Bombeiros Militares que atenderam a ocorrência, disse ter vivido um momento dramático ao separar pai e filho que morreram abraçados. Ainda hoje ações tramitam no Tribunal de Justiça onde desembargadores relatores alegam ser obrigação da empresa zelar por seus passageiros, respondendo por danos sofridos durante trajetos contratados.
Em algumas ações, existem
queixas que se os cuidados mínimos tivessem sido observados, a tragédia poderia
ter sido evitada citando as janelas do ônibus parafusadas e sem martelos para
situações de emergência. Já a empresa Itapemirim alegou que o trecho onde
ocorreu o acidente estava em péssimas condições, motivo pelo qual não teve
responsabilidade no fato e acrescentou que até já tinha solicitado providências
ao poder público devido aos muitos buracos.
Demontier Tenório/Miséria.
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