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Lula participa da Conferência Nacional de Educação.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e do Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, participou, nesta terça-feira, 30 de janeiro, do último dia da Conferência Nacional de Educação (Conae) 2024, que acontece desde domingo, 28 de janeiro, em Brasília (DF). O encerramento da Conae será às 17h30, no Centro Comunitário Athos Bulcão, na Universidade de Brasília (UnB). 

Lula destacou importância da Conae na construção do novo Plano Nacional de Educação (Foto: Ricardo Stuckert)

Em cerimônia no Centro Comunitário Athos Bulcão, que reuniu cerca de 2,5 mil pessoas, Lula ressaltou a retomada da democracia no País e lamentou o fim de importantes políticas educacionais que estavam em andamento nas gestões passadas. “Estamos há apenas um ano no governo e já conseguimos repor mais de 82 políticas públicas que tinham sido desativadas. Voltamos a consertar a educação neste país, voltamos a fazer o nosso Programa Nacional de Alimentação Escolar e conseguimos fazer a Conae, depois de seis anos sem essa reunião, sem aumentar o preço da merenda escolar ou repassar dinheiro para o Fundo de Ciência e Tecnologia”, apontou.

O Presidente destacou a importância da participação de toda a comunidade acadêmica e da sociedade na Conae para a construção das políticas educacionais, uma das prioridades do seu governo, ao lado da saúde e da cultura. “A gente sabe que, para a educação dar certo, a gente precisa envolver a comunidade. O pai e a mãe têm de saber a qualidade da aula do seu filho, a qualidade da comida, e o professor tem de ganhar um salário digno, de acordo com a importância da sua profissão, porque ele é importante para educar os nossos filhos, ele merece ganhar um bom salário. Nós faremos todo sacrifício para que a docência volte a ser uma profissão atraente, para que os nossos jovens queiram ser professores”, afirmou.

Balanço – Lula também falou sobre o Pé-de-Meia, a poupança do ensino médio, apresentada na última semana, em coletiva de imprensa com jornalistas da área educacional. Questionado se o governo não estaria gastando muito dinheiro com o lançamento do programa, Lula voltou a defender a importância do investimento em educação. “Enquanto estivermos construindo salas de aula, pagando um estímulo para o jovem estudar, tenho certeza de que isso é investimento. Qualquer dinheiro em educação tem de ser analisado com a rubrica de investimento, e não de gasto”, reforçou.

O Presidente falou, ainda, sobre a criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) na Base Aérea de Fortaleza (CE), primeira unidade fora de São Paulo. Outro tema de sua fala foi a aula inaugural do Impa Tech, o curso de graduação em matemática do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Rio de Janeiro. “Essa faculdade vai poder receber os meninos e meninas que participam das Olimpíadas da Matemática. Nossos gênios vão estudar no Brasil, formar no Brasil e continuar trabalhando no Brasil”, comemorou. Serão 100 vagas por ano e os estudantes terão moradia garantida pelo governo federal.

Diálogo e colaboração – Camilo Santana voltou a falar ao público da Conae, a quem já tinha se dirigido durante a cerimônia de abertura, no domingo (28). Para o Ministro da Educação, a comunidade acadêmica esteve reunida na Conferência para defender ideias e projetos educacionais, em uma perspectiva de equidade e inclusão. “Faz parte da democracia respeitar as diferenças e o direito de um e do outro”, defendeu. Santana também destacou a retomada do Fórum Nacional de Educação (FNE) pelo governo do Presidente Lula e informou que o MEC recriou todas as comissões para discutir as questões sociais da educação. “A minha história como homem público é da defesa da educação pública, de qualidade e para todos e todas. Essa é a determinação do Presidente Lula. Esse terceiro mandato do Presidente Lula vai ficar na história do Brasil como o mandato que olhou firmemente para a educação pública e de igualdade neste País”, afirmou.

Em seguida, Camilo Santana destacou o aumento de 30% do orçamento do MEC em 2024, comparativamente com o ano de 2022. Isso permitirá o financiamento das políticas lançadas, como o Programa Escola em Tempo Integral, o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, o Pé-de-Meia, entre outros. Também apontou a importância de todos os participantes na construção do novo PNE. 

“Vocês vieram para construir e contribuir com a educação que nós queremos para o Brasil. Uma educação que dê acesso a todos e todas, uma educação que garanta também a permanência desses jovens, a qualidade da aprendizagem, mas, acima de tudo, a equidade, inclusão e diversidade. Nós queremos um PNE da equidade no Brasil, para acabar com as diferenças entre pobres e ricos, negros e brancos, para dar oportunidade a todos”, enfatizou.

Nós queremos um PNE da equidade no Brasil, para acabar com as diferenças entre pobres e ricos, negros e brancos, para dar oportunidade a todos.” Camilo Santana, Ministro da Educação

Participação social – O Ministro disse, ainda, que a Conae traz de volta a participação popular na tomada das decisões na área da educação e que o texto final, aprovado pelos delegados da conferência, será enviado pelo MEC ao Congresso Nacional, por meio de projeto de lei, para debate e aprovação pelos parlamentares. “Queremos uma educação que olhe para as crianças, para os jovens, para as desigualdades. Nós só vamos superar esses desafios com a contribuição de cada um de vocês, de cada brasileiro, todos unidos pela educação”, falou.

Participantes – Além de Lula e Camilo Santana, a presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Jade Beatriz, também fez um pronunciamento aos presentes e afirmou que realização da Conae é uma grande vitória, após seis anos sem ser promovida. “Trouxemos uma demanda dos estudantes. Nós queremos alimentação gratuita nos institutos federais, como uma política pública de combate à desnutrição, assim como é o reajuste na merenda escolar. Também queremos ter uma política de participação estudantil no Ministério da Educação. Já estamos em diálogo com a Secadi [Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão] para fazer tudo isso é preciso de investimento e financiamento. É necessário 10% do Produto Interno Bruto para educação”, reivindicou. 

Já o coordenador do FNE, Heleno Araújo, agradeceu o trabalho e dedicação de todos os membros do Fórum para promover o evento, que contou com a participação de 64 entidades representativas. “A educação voltou e ela tem de voltar para ficar. O que está acontecendo aqui no Brasil é uma experiência única no mundo. Nenhum lugar do mundo tem uma experiência como essa, de discutir a política educacional desde o território, o município”, disse. 

A participação de Lula na Conae contou, ainda, com a presença do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo; da ministra das Mulheres, Cida Mendes; da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; do presidente da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), Vinícius Soares; da presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuela Mirella; do secretário-geral da Internacional da Educação, David Edwards; da reitora da UnB), Márcia Abrahão Moura; além de parlamentares e autoridades.

Programação – Nesses três dias de Conae, cerca de 2,5 mil pessoas participaram das discussões para construção do novo texto do Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034, incluindo sociedade civil, representantes de vários segmentos educacionais e setores sociais, além de entidades que atuam na educação e em órgãos do poder público. A conferência nacional teve como tema central o “Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034: política de Estado para garantia da educação como direito humano com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável”. 

No último dia da programação, é realizada a Plenária Final, que examina todas as emendas ao Documento Referência do novo PNE. As emendas são votadas, aprovadas ou rejeitadas pelos delegados com direito a voto, que foram eleitos nas conferências estaduais, municipais e distrital. Também foi divulgado o número de delegados credenciados na Conae e houve a homologação dos delegados eleitos, além da deliberação sobre as propostas de moções. Estas tiveram o objetivo de acolher propostas mobilizadoras, sempre guardando coerência com o tema e os eixos temáticos da Conae 2024.Com informações portal 

Com informações portal Correio Braziliense

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