A partir de 2024, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode passar por mudanças significativas. A expectativa recai sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), que está prestes a decidir sobre a revisão do rendimento do fundo, enquanto o governo federal planeja alterações no saque-aniversário.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ter mudanças a partir de 2024, como a revisão do rendimento do fundo e o saque-aniversário; veja os detalhes e fique por dentro!
As mudanças deverão ser decididas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e governo federal | (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
Saque-Aniversário do FGTS
Desde o início de 2023, as discussões em torno do saque-aniversário do FGTS têm sido constantes, mas até o momento não houve mudanças substanciais. Em agosto, o Ministério do Trabalho e Emprego encaminhou um projeto de lei à Casa Civil propondo alterações no saque, visando corrigir uma distorção, segundo a pasta.
O Ministério almeja que os trabalhadores que optaram pelo saque-aniversário possam sacar o valor total do fundo em caso de demissão sem justa causa, uma vez que, atualmente, esses trabalhadores têm apenas o direito de sacar a multa rescisória.
O saque-aniversário, uma das
modalidades de saque do FGTS, concede ao trabalhador o direito de receber um
valor anualmente no mês de seu aniversário.
O julgamento no STF aborda a possível alteração do índice de correção do FGTS, originado de uma ação proposta pelo Solidariedade em 2014. Iniciado em abril, o julgamento teve uma interrupção quando o ministro Nunes Marques solicitou mais tempo para análise, com previsão de retorno ao plenário em fevereiro de 2024.
O relator, Luís Roberto Barroso, votou a favor da mudança no índice de correção, propondo que o FGTS seja corrigido pelo mesmo índice da poupança. Barroso ajustou seu voto para minimizar impactos nos cofres públicos, sugerindo a aplicação do índice a partir de 2025. O ministro André Mendonça e Nunes Marques seguiram o posicionamento do presidente do STF.
Atualmente, as contas do FGTS rendem 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). A revisão proposta aumentaria a rentabilidade, somada à distribuição de lucros do fundo.
Caso o STF determine o aumento
na rentabilidade, questões sobre a revisão de saldos antigos serão decididas
pelo Congresso Nacional. Se os saldos forem corrigidos pela poupança, o tema
será levado ao Congresso para deliberar sobre depósitos retroativos.
Autor:Jamille Leão com informações
de UOL
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