Fernando Diniz vive as primeiras semanas como técnico da seleção brasileira e seu papel não se limitou a convocar, treinar e escalar o time. No dia 18 de agosto, Fernando Diniz cortou Lucas Paquetá de última hora. Minutos antes do anúncio dos convocados, saiu na imprensa inglesa a notícia da investigação por suposta manipulação.
Na Confederação Brasiliera de Futebol (CBF), Fernando Diniz é visto como alguém que pode melhorar o futebol brasileiro e papel de técnico tem sido ampliado para conselheiro em decisões imporantes na entidade.
Técnico Fernando Diniz na Seleção Brasileira | Vitor Silva / CBF
Diniz
argumentou, naquele momento, que era melhor preservar Paquetá. Enquanto a
investigação continua, o meio-campista atua normalmente pelo West Ham. No mesmo
dia, Diniz foi perguntado sobre Antony. Naquele momento, existia uma denúncia
da ex-namorada Gabriela Cavallin por violência doméstica. O treinador disse que
o assunto era “incipiente”.
Na
última segunda-feira (4), o UOL revelou detalhes da denúncia mais recente, na
Inglaterra. A CBF, então, cortou Antony da lista. Fernando Diniz teve
participação direta em ambos os cortes: Paquetá e Antony. Com Antony,
inclusive, foi ele quem deu a notícia ao atacante do Manchester United
(Inglaterra).
VÁCUO
A
CBF não tem um diretor de seleções após a saída de Juninho. O presidente
Ednaldo Rodrigues acumula a função. Ednaldo toma as principais decisões, mas
consulta Diniz. Os demais dirigentes da CBF, como os vice-presidentes, pouco
sabem. O presidente da CBF não descarta a chegada de um diretor, porém, entende
que pode executar esse papel.
Diniz
não dá expediente na CBF e se concentra no Fluminense no dia a dia. Quando se
apresenta à seleção, Ednaldo usa mais da experiência do profissional para essas
questões extracampo. Rodrigues acredita que, além de um grande técnico, Diniz
tem conhecimento para melhorar o futebol brasileiro como um todo, não só a
seleção.
A
ideia é tê-lo de alguma forma na CBF após a chegada de Carlo Ancelotti,
prevista para meados de 2024. O técnico é ouvido sobre necessidade ou não de
mais profissionais para a CBF, questões de logística, calendário e casos mais
sensíveis, como os cortes de Antony e Lucas Paquetá.
Autor:IGOR
SIQUEIRA E LUCAS MUSETTI PERAZOLLI/Folhapress
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