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Câncer colorretal atingirá 45 mil brasileiros este ano.

O tumor no cólon e reto, conhecido como câncer colorretal, está entre os de maior ocorrência no Brasil, sendo o terceiro mais comum em homens (após próstata e pulmão) e o segundo entre as mulheres (após o câncer de mama), conforme apontado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Cerca de 45 mil novos casos surgirão entre os brasileiros este ano. 

Esses tumores estão entre os de maior ocorrência entre homens e mulheres, daí a importância da campanha do Setembro Verde.

O médico Luiz Werneck alerta para os exames preventivos e os cuidados médicos contra a doença | Foto: Ricardo Amanajás

Esses números evidenciam o significativo impacto na saúde e a relevância de se prevenir, por meio da detecção precoce. Nesse contexto, várias organizações e profissionais da saúde lançaram a campanha Setembro Verde, com a finalidade de conscientizar a população sobre os tumores. 

Nesse sentido, a ação nacional transmite, por meio de iniciativas informativas, tópicos como: fatores de risco e como buscar o rastreamento; os principais sintomas que indicam a necessidade de procurar um especialista em saúde; medidas preventivas e métodos para detectar o câncer; bem como desmistificar as alternativas terapêuticas para aqueles afetados pelo câncer colorretal. 

Segundo o médico Luis Eduardo Werneck, o câncer colorretal envolve o intestino grosso, que abrange desde o apêndice da válvula ileocecal até o cólon sigmoide. “Essa doença é importante não pelo número de casos elevados, mas porque cresceu em reincidência nos últimos dez anos no mundo todo, influenciado, principalmente, pela má alimentação”, pontua. 

“É fato que a nossa geração mudou em termos de hábitos alimentares em relação ao que comíamos antigamente. E essa mudança foi muito rápida. Devido a uma geração cada vez mais apressada, o consumo de fast-foods, embutidos, gordura saturada, aumentou. Basicamente: uma má alimentação, sedentarismo, estresse e a relação com o ambiente pode favorecer o surgimento do câncer colorretal”, disse. 

ATENÇÃO 

A identificação precoce desempenha um papel fundamental para obter um tratamento eficaz. Mudanças nos padrões intestinais, como diarreia persistente ou constipação, sangramento retal, desconforto abdominal, perda de peso inexplicável e fadiga são sintomas que não devem ser negligenciados. Procurar orientação médica é crucial caso esses indícios persistam por mais de algumas semanas. 

Werneck ressalta: “Se for esperar o câncer dar sintomas, pode ser tarde demais. Cerca de 90% dos pacientes que apresentam sangramento nas fezes acabam não dando a devida importância para esse sinal por achar que é hemorroida, e na maioria dos casos se equivocam. O ideal é buscar o quanto antes ajuda”. 

O diagnóstico da doença é estabelecido por meio de exames complementares, reforça o médico. “O nome já está dizendo: ‘exames complementares’. Então é preciso ir ao médico para que o especialista possa conversar com o paciente e fazer as perguntas pertinentes à situação. Só assim, depois disso, o profissional da saúde vai dar as devidas orientações para cada caso”. 

Posteriormente a isso, é solicitado um exame de colonoscopia, ferramenta que identifica pólipos ou lesões suspeitas antes que evoluam para um estágio mais avançado. O Ministério da Saúde orienta, por exemplo, que todas as pessoas, mesmo que assintomáticas e sem histórico familiar, devem realizar uma colonoscopia a cada cinco ou dez anos, a partir dos 50 anos de idade. 

Segundo Luis Eduardo Werneck, pesquisa mostra que, ao comparar os genes de pacientes afetados pela doença na região amazônica com a população mundial, incluindo americanos e europeus, constatou-se que o câncer tem menor probabilidade de mutação em pessoas que vivem na região amazônica. 

“Quando a doença consegue mutar e mudar esse gene, o paciente passa a desenvolver uma resistência ao principal medicamento de terapia-alvo molecular contra o câncer. O que eu quero dizer: ‘por alguma razão descobrimos que os pacientes da Amazônia são mais difíceis da doença evoluir. Agora estamos buscando resposta para o porquê disso acontece aqui”, revela Werneck. 

PARA ENTENDER 

SINTOMAS 

Sangue nas fezes; 

alteração do hábito intestinal (diarreia e/ou prisão de ventre); 

dor, cólica ou desconforto abdominal; 

fraqueza e anemia; 

perda de peso sem causa aparente; 

alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); 

massa (tumoração) abdominal 

Esses sinais e sintomas são inespecífico e podem estar presentes em doenças benignas como hemorroidas, verminose, doenças inflamatórias intestinais, síndrome do cólon irritável, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento especifico. 

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Prevenção 

A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino. Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. 

Além disso deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana. 

Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal. Manter o peso dentro dos limites da normalidade e fazer atividade física, movimentando-se diariamente ou na maior parte da semana, são fatores importantes para a prevenção deste tipo de câncer. Verifique se seu peso está adequado com uma calculadora de IMC.

Autor:Diego Monteiro

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