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Justiça condena donas de creche que amarraram crianças em SP.

A Justiça de São Paulo condenou as duas donas e uma funcionária da escola infantil Colmeia Mágica pelo crime de tortura e maus-tratos contra nove crianças na instituição particular, localizada no Jardim Vila Formosa, na zona leste paulistana. As rés também vão responder pelo crime de associação criminosa.

As denúncias vieram à tona em março de 2022 após vídeos de crianças amarradas e chorando circularem nas redes sociais.

Roberta e Fernanda Serme, donas da Colmeia Mágica, e Solange Hernandez, funcionária. As três foram responsabilizadas por tortura, maus-tratos e outros crimes contra 9 crianças que aparecem amarradas e chorando em vídeos e fotos | Reprodução/ Redes Sociais

Dona da creche, Roberta Serme recebeu a maior pena e foi condenada a 49 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. Sua irmã e sócia, Fernanda Serme, recebeu pena de 13 anos em regime semiaberto. A funcionária Solange Hernandez foi condenada a 31 anos em regime fechado.

O advogado de defesa das rés, Eugênio Malavasi, disse que irá recorrer da decisão. "A sentença é totalmente contrária à evidência dos autos e a todo o regramento que rege os critérios estabelecidos na aplicação da pena", disse.

A instituição particular passou a ser investigada pela polícia após vídeos que mostram crianças amarradas com lençóis serem compartilhados na internet, em março do ano passado.

Roberta, diretora da escola, e Fernanda Serme estão presas. A funcionária responde em liberdade.

Na ocasião das prisões das irmãs, a defesa disse acreditar que alguém forjou a situação para prejudicar as acusadas. Elas também negaram em depoimentos ter conhecimento sobre as cenas de tortura contra crianças. A defesa declarou que o colégio busca descobrir quem fez as gravações e quem colocou as crianças naquela situação.

Segundo a Promotoria, funcionários e ex-funcionários da Colmeia Mágica afirmam que as crianças eram colocadas em bebês-conforto, amarradas com lençóis, quando choravam com insistência.

Autor:Mariana Zylberkan/Folhapress

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