Noruega, principal doadora do Fundo Amazônia, afirmou que a iniciativa de apoio à proteção florestal está sendo reativada agora que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse prometendo acabar com o desmatamento.
O fundo possui aproximadamente R$ 3,4 bilhões disponíveis para projetos de sustentabilidade.
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Reprodução. |
A Noruega anunciou na segunda-feira (2) que o fundo, que ainda tem
aproximadamente R$ 3,4 bilhões disponíveis para projetos de sustentabilidade,
está de volta à operação.
O fundo estava congelado desde agosto de 2019,
depois que o então presidente Jair Bolsonaro extinguiu seu conselho e encerrou
projetos de combate ao desmatamento, em uma violação do acordo original quando
o fundo foi criado em 2008.
O Fundo Amazônia fora criado justamente por Lula
para permitir o recebimento de contribuições internacionais aos esforços do
Brasil para conter o desmatamento. É baseado em resultados e os pagamentos são
feitos após a redução do desmatamento. Os recursos são gastos em iniciativas
que reduzirão ainda mais o desmatamento.
A Noruega inicialmente doou US$ 1,2 bilhão , com a Alemanha também
contribuindo. Entre suas primeiras decisões após assumir o cargo no domingo,
Lula assinou um decreto restabelecendo o conselho do Fundo Amazônia, com ampla
representação da sociedade civil e de outras partes interessadas.
Ele também assinou decretos restabelecendo as
estratégias do Brasil para reduzir o desmatamento na Amazônia, que atingiu o
nível mais alto em 15 anos sob Bolsonaro.
"O novo
presidente do Brasil sinalizou uma clara ambição de acabar com o desmatamento até
2030. Ele restabeleceu estratégias para que isso aconteça e nomeou ministros
com grande conhecimento e expertise na área", disse o ministro norueguês
do Clima e Meio Ambiente, Espen Barth Eide, em comunicado.
“Isso é globalmente significativo. O Fundo Amazônia
oferece uma grande oportunidade para a comunidade internacional contribuir”,
afirmou.
O Reino Unido está considerando ingressar no Fundo
Amazônia, disse a ministra britânica do Meio Ambiente, Therese Coffey, à
Reuters em Brasília.
Autor: Agência Brasil
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