Os deputados estaduais cearenses, ainda no mês passado, imediatamente depois de passada a disputa eleitoral, foram comunicados de que deveriam indicar à Diretoria-geral da Casa, as relações de pessoas por eles designados, ocupantes de cargos comissionados que os auxiliaram na conquista de votos para suas respectivas eleições. Teve deputado que teria de indicar até 23 nomes, além daqueles que realmente trabalham em seus gabinetes.
Embora o anúncio tenha levado preocupações a todos
eles, a questão foi levada em ambiente de certa forma reservado que não chegou
a apavorar o pessoal que seria cortado, como já começou a acontecer, desde
ontem, quando a relação dos 288 foi publicada em 7 (sete) páginas do Diário
Oficial. A expectativa de que uma outra relação igual ou maior que a já
conhecida seja publicada nas próximas horas.
O inchaço na folha da Assembleia nos momentos que
antecederam a campanha eleitoral, embora relativamente muito grande,
lamentavelmente não foi percebido pelos órgãos de fiscalização da administração
pública, sequer do Ministério Público Eleitoral. Para alguns deputados, a
informação é de que não haveria mais recursos na rubrica de pagamento de
pessoal para a manutenção dos comissionados ora eliminados.
Na relação publicada pela Assembleia, não dá para
saber quanto cada um dos exonerados recebiam por mês do Legislativo estadual.
No Portal da Transparência é possível se saber dos valores, mas a busca terá
que ser feita de um a um nome. Na relação publicada tem apenas o nome do
comissionado, o cargo, o grupo de trabalho e o número do ato, quase todos eles
datado de 2021, o que significa que a Assembleia estava dando ajuda para
campanha dos deputados desde o ano passado.
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