Candidato à Presidência da República pelo PT, Lula se reuniu com empresários da construção civil em São Paulo. Ele recebeu um documento com propostas para estimular o crescimento do setor de habitação e afirmou que retomará dois programas criados na época em que era presidente da República, o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento.
“O PAC foi uma coisa extraordinária porque não foi
um projeto de construção de infraestrutura pensado a partir do gabinete para
Presidência da República. Ele foi construído com empresários, governadores e
prefeitos. E é o que eu pretendo retomar, se a gente ganhar as eleições, a
partir do dia 1º de janeiro [de 2023]”, disse Lula.
Aos empresários, Lula também afirmou sua
disposição em retomar o Minha Casa, Minha Vida, programa habitacional voltado
às camadas de baixa renda e que foi substituído em 2021 pelo programa Casa
Verde Amarela. “A primeira coisa que eu quero dizer para vocês é que o
Minha Casa Minha Vida vai voltar a ser um programa de governo”, afirmou o
candidato. “O Estado precisa se cercar de possibilidade econômica, de usar seus
bancos para ajudar, ou através do Orçamento da União, ou através de
financiamento, a gente garantir que as casas possam ser construídas”.
Pacto Federativo
Lula pregou a união de estados, municípios e
governo federal na administração dos problemas do país. Ele afirmou que, caso
vença a eleição, fará uma reunião com todos os governadores, independente de
partido político. “A segunda coisa que vamos fazer é, na primeira semana depois
da posse, uma reunião com 27 governadores de estado para que a gente
reestabeleça o pacto federativo nesse país. É importante passar para a
sociedade a ideia de que governadores e presidente da República não serão
inimigos”.
O candidato exaltou a companhia de Geraldo Alckmin,
seu candidato a vice-presidente. Com o intuito de demonstrar disposição em
colocar de lado posições ideológicas durante seu governo, Lula exaltou o
trabalho de Alckmin quando ele integrava o PSDB e governou São Paulo. Lula
disse que “adversários políticos não precisam ser inimigos” e defendeu essa
união de todos em torno do desenvolvimento do país. “Essa junção nossa é a
garantia que a gente quer dar que esse país vai deixar de discutir coisa
secundária e vai começar a discutir aquilo que interessa à sociedade
brasileira”.
0 Comentários