A equipe de enfermeiras que flagrou em vídeo o estupro cometido pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra contra uma grávida, durante um parto no domingo, dia 10, entregou à polícia um pedaço de gaze usado pelo médico para limpar a boca da vítima. Segundo o depoimento das enfermeiras na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, a gaze teria esperma de Giovanni e foi recolhida de uma lixeira do centro cirúrgico.
Material foi usado por Giovanni Bezerra para limpar a boca de grávida durante parto no Hospital da Mulher.
Imagens foram feitas por funcionárias que desconfiaram do profissional. Giovanni Quintella foi preso em flagrante e levado para Benfica. | Reprodução |
Uma técnica de enfermagem da equipe contou, em
depoimento, que viu Giovanni ejacular e, depois, usar a gaze para limpar a boca
da vítima, que estava desacordada, sedada durante o parto. A equipe de
enfermagem decidiu filmar o comportamento de Bezerra durante o último parto do
dia após desconfiar de sua conduta nos dois outros procedimentos realizados
naquele dia.
Enfermeiras e técnicas do Hospital da Mulher de
Vilar dos Teles já vinham desconfiando da atitude do médico anestesista há
meses. Para provar as suspeitas, elas passaram a gravar o especialista quando
ele fazia os partos. E na noite do último domingo não foi diferente. Bezerra
foi flagrado estuprando uma grávida durante uma cesariana na unidade. As
imagens serviram de prova para a prisão em flagrante do médico.
Nas imagens do flagrante, a paciente está deitada na maca, inconsciente,
prestes a dar à luz. Do lado esquerdo do lençol, a equipe cirúrgica do hospital
começa a cesariana. Enquanto isso, do lado direito, a cerca de um metro de
distância dos colegas, Giovanni abre o zíper da calça, coloca o pênis para fora
e o introduz na boca da grávida.
O crime dura aproximadamente 10 minutos. Enquanto
abusa da vítima, o anestesista se movimenta para que ninguém na sala perceba.
Quando termina, ele pega um lenço e limpa a vítima para esconder os vestígios.
A delegada Bárbara Lomba, à frente da Deam de São
João de Meriti e responsável pela prisão em flagrante do médico, classificou o
caso como "estarrecedor e inacreditável", apesar da "experiência
com condutas violentas".
"Eu tenho
uma certa experiência com condutas violentas. Mas é estarrecedor e
inacreditável. É gravíssimo um profissional que deveria estar cuidando do
paciente, totalmente vulnerável num momento tão importante da vida, num
Hospital da Mulher. Todos os profissionais sabem das violências que sofremos e
ele faz esse crime hediondo. É repugnante", pontuou ela.
Com informações de IG
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