O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que vai propor aos líderes partidários a votação da proposta que regulamenta a criação e o funcionamento das associações de municípios (PL 4576/21). Ele discursou na abertura da 23ª Marcha a Brasília em defesa dos Municípios e defendeu pautas de interesse dos prefeitos.
Lira: pauta municipalista terá prioridade na Câmara. Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados.
Lira quer que a proposta seja votada nesta
semana, em razão da presença dos gestores municipais em Brasília.
Conforme o projeto, as associações seriam
destinadas a representar e defender os interesses políticos, econômicos,
educacionais, culturais e sociais dos municípios. As associações poderão se
constituir como entidades de direito público ou privado e ter abrangência
nacional, estadual ou microrregional.
Lira citou ainda outras propostas que estão em
análise na Câmara. “A marcha será uma excelente oportunidade para aprofundar
propostas, como a que proíbe novos encargos para os municípios sem a
contrapartida dos recursos (PEC 122/15), a que estabelece o funcionamento das
associações, a correção do piso salarial do magistério e a criação de um fundo
emergencial apara catástrofes no brasil”, afirmou.
Lira afirmou que a Câmara tem tratado a pauta
municipalista como prioridade nos últimos anos. “É um norte do qual não abro
mão, particularmente os anos difíceis em razão da pandemia. A atuação dos
deputados em aprovar matérias em interesse dos municípios tem sido bastante
intensa e profícua. Já foram aprovadas 81 proposições sobre o assunto e estão
tratando 2.839 outras propostas”, destacou.
O presidente lembrou ainda outras propostas que
impactam diretamente a vida dos gestores municipais e que foram aprovadas pelo
Parlamento. Entre elas, destacou a Proposta de Emenda à Constituição que
aumenta em 1 ponto percentual os repasses de alguns tributos da União para as
cidades, por meio do Fundo
de Participação dos Municípios (FPM). Também destacou a PEC
que viabiliza as contas de Estados e Municípios que não fizeram investimento
mínimo em educação em 2020 e 2021 em razão da pandemia.
“Fizemos essa alteração para permitir que os
gastos com educação fossem feitos com responsabilidade e que os prefeitos não
fossem responsabilizados por improbidade administrativa”, disse o presidente.
“Na ausência dessa emenda constitucional, muitos desses prefeitos tornar-se-iam
inelegíveis, o que não é justo nem razoável”, salientou.
Veja trecho da fala de Arthur Lira:
No discurso aos
prefeitos, no Centro de Convenções, Lira também afirmou que as mudanças aprovadas
na Lei de Improbidade Administrativa permitem
que bons administradores tenham as condições de exercer suas atribuições. A
proposta aprovada em junho do ano passado pela Câmara estabelece a punição
apenas para agentes públicos que agirem com dolo, ou seja, com intenção de
lesar a administração pública. “A lei separa o bom do ruim, o joio do trigo”,
afirmou Lira.
O presidente Bolsonaro também esteve na abertura
do evento dos prefeitos:
Fonte: Agência Câmara de Notícias.
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