A poucos meses de provavelmente assumir o governo do Ceará, a vice-governadora Izolda Cela (PDT) entrou neste sábado, 29, na polêmica do reajuste de 33,24% para professores da rede básica anunciado na última semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
IZOLDA é uma das pré-candidatas do PDT ao Governo(foto: Thais Mesquita)
Em publicação nas redes
sociais, Izolda destacou que o reajuste não foi dado pelo Governo Federal, mas
sim faz parte da lei do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
“Existe uma lei vigente há
anos, praticamente desde a implantação do piso, que determina a maneira como é
feito o cálculo — vinculado ao valor aluno Fundeb. Outra coisa, são
estados e municípios brasileiros, com seus próprios recursos, que pagam os seus
professores”, diz a vice-governadora.
“Precisamos muito de um
governo federal mais atuante e responsável com a educação. O que vier será
muito bem vindo. Mas remeter ao governo federal este percentual de aumento do
piso é uma apropriação indébita. Ou por desconhecimento, ou por má intenção”,
continua.
Logo depois do anúncio
do reajuste, na última quinta-feira, 27, o prefeito de Fortaleza, José Sarto
(PDT), destacou que professores da rede municipal terão o aumento de 33,24%. Em
todo o Brasil, diversos prefeitos estão reagindo contra a aplicação da nova
lei, destacando falta de capacidade nos cofres municipais para o valor do
reajuste. Na sexta-feira, 28, o governador Camilo Santana (PT) afirmou que o Ceará também deverá cumprir o piso.
No mesmo dia, Izolda
reconheceu que está prestes a assumir o Governo do Estado. “Há uma
probabilidade importante. Já estou considerando isso (assumir o governo)”.
Neste sábado, o PT confirmou o governador Camilo Santana (PT) como candidato ao
Senado. Assim, dele deverá deixar o governo até abril, deixando
Izolda no cargo. O PT também aprovou a manutenção da aliança com o PDT, que
deverá lançar candidato ao governo.
O Povo.
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