A cantora Hana Horka, do grupo tcheco Asonance, decidiu se contaminar com Covid-19 propositalmente para obter um passaporte de vacinação, mas acabou morrendo no último domingo (16), aos 57 anos, por complicações relacionadas à doença. As informações são da agência RFI.
Horka era contra a vacinação anticovid e preferiu se expor deliberadamente à doença para obter a documentação necessária que lhe daria acesso à uma “vida livre”, segundo suas próprias palavras nas redes sociais. “Estou muito feliz porque, desta forma, poderei ter uma ‘vida livre’ como os outros. Ir ao cinema, tirar férias, ir à sauna, ao teatro”, escreveu a cantora quando descobriu estar infectada. O filho da cantora, Jan Rek, confirmou à rádio pública tcheca iRozhlas que a mãe era antivacina.
“Ela preferiu viver normalmente conosco e pegar a doença para não ter que se vacinar. É triste que ela quis mais acreditar em estranhos do que em sua própria família”, disse o filho. Ele e seu pai, marido da cantora, tiveram a doença no final do ano passado, mas estavam completamente imunizados e não tiveram complicações.
Dois dias antes de sua morte, Horka foi até suas redes sociais e comemorou emocionada ter “vencido” a doença, e disse que faria uma viagem “urgente” a uma praia para celebrar. No entanto, no mesmo dia, a cantora começou a ter complicações.
Segundo seu filho, ela
voltou de uma caminhada sentindo muitas dores nas costas e morreu por
sufocamento em sua cama. Ainda de acordo com a RFI, o filho da cantora afirma
que sua mãe foi vítima da campanha de um movimento antivacina na República
Tcheca, e ele chegou a culpar o ator Jaroslav Dušek e a bióloga Soňa Peková
que, segundo ele, “têm sangue em suas mãos”. Horka republicava frequentemente
publicações antivacina dos dois em suas redes sociais.
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