Um índice inédito medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que a perda na qualidade de vida dos cearenses foi maior do que a média do Brasil entre os anos de 2017 e 2018.
Segundo o IBGE, o Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV)
identificado pela primeira vez no Ceará é de 0,189, enquanto a média do
indicador no País, como um todo, é de 0,158. As medidas do IPQV vão de 0 a 1,
sendo que, quanto mais perto de zero, menor a perda. Ou seja, a qualidade de
vida no Ceará é menor do que no Brasil.
Os números foram divulgados nesta sexta-feira (26) e apontam para
questões relacionadas à exclusão e marginalização de pessoas a direitos como:
moradia, acesso a serviços de utilidade pública, saúde e alimentação, educação,
acesso a serviços financeiros e padrão de vida, além de esporte e lazer.
A ausência de pessoas em unidades escolares, a insegurança alimentar e a
falta de um banheiro exclusivo em uma residência são fatores que levam, segundo
o órgão, ao crescimento desse índice.
Quando se faz um recorte do índice de forma regional, em todo o
Nordeste, só Ceará e Sergipe (0,187) estão com números abaixo de 0,2. Isso
significa que os outros sete estados do Nordeste sofreram uma queda ainda maior
na qualidade de vida entre 2017 e 2018.
Entenda o dado
O IPQV relaciona um conjunto de variáveis definidas a partir das
características das famílias brasileiras. Algumas delas, por exemplo, são a
ausência de banheiro exclusivo em um domicílio, residência com pouco espaço ou
acesso a lazer deficiente. Ele é medido a partir da percepção de cada morador
de um domicílio.
Desempenho socioeconômico
A partir dos dados do IPQV e da renda domiciliar por pessoa da família,
o IBGE também passou a medir um novo indicador: o Índice de Desempenho
Socioeconômico (IDS). De acordo com o órgão, quanto maior a perda na qualidade
de vida, menor o desempenho socioeconômico.
Foto: Thiago Gadelha/SVM / Fonte: G1 CE
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