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Melzinho do amor bomba na net: entenda este afrodisíaco.

1.O que é o "melzinho do amor"?

O Power Honey Melzinho do Amor é o único aprovado pela Anvisa no Brasil |

A substância também é tema de funk, como na música “Gordinho Bololô”, do MC Ryan. Lançada no dia 12 de março, a canção já soma mais de 2 milhões de visualizações no Youtube. Ela cita o produto em trecho do refrão: “Lá só tem 'chefuxo' preparado pro 'caô', bem trajado e com melzinho”.

Considerado uma febre entre os jovens e definido como um estimulante sexual, o produto é anunciado como 100% natural e promete “milagres” após o consumo, mas não divulga sua composição.

A substância não se enquadra como alimento registrado ou isento de registro. Em nota, a Anvisa afirmou ainda que também não sabe qual é a composição do produto. 

A substância também é tema de funk, como na música “Gordinho Bololô”, do MC Ryan. Lançada no dia 12 de março, a canção já soma mais de 2 milhões de visualizações no Youtube. Ela cita o produto em trecho do refrão: “Lá só tem 'chefuxo' preparado pro 'caô', bem trajado e com melzinho”.

2. 'Melzinho do amor' promete efeito de remédio

A propaganda do produto promete efeitos similares aos do Viagra, medicamento para disfunção erétil. O remédio descoberto há 22 anos é considerado seguro e eficaz para a finalidade prometida e, diferentemente do "melzinho", ele tem aprovação da Anvisa para venda e consumo.

A bula do medicamento contraindica o uso para mulheres e menores de 18 anos. Pessoas que façam uso de remédios que contenham ácido nitroso também não devem consumir o produto.

Já no "melzinho do amor", as contraindicações variam de acordo com os vendedores. Contudo, é comum a recomendação para que grávidas, doentes renais e crianças não consumam.

O Power Honey Melzinho do Amor é o único aprovado pela Anvisa no Brasil. 

3. Onde são vendidos?

Os anúncios do "melzinho do amor" estão espalhados pela internet em sites populares de entrega e nas redes sociais. Além da descrição, eles fazem recomendações sobre a forma de consumo.

Os vendedores descrevem que a composição seria simples: mel, caviar e canela dariam forma à substância gelatinosa.

4. Por que o 'melzinho' ficou popular?

Nos três últimos meses, as buscas pelo termo “melzinho do amor” no Google tiveram uma alta repentina. O termo teve seu auge na época da morte de Mc Kevin, que afirmou já ter usado a substância. Cidades como Camboriú, São José, Lages, Itapema e Itajaí lideram as pesquisas na internet relacionando o produto a termos como prazer e efeito colateral.

Outras músicas levam o produto no título e fazem referência ao efeito sexual prometido pelo produto. “'Tô' chapado na onda do 'Melzinho do Amor'”, diz o trecho de um funk lançado em abril deste ano.

5. O que as autoridades constataram?

A Diretora da Vigilância Sanitária de Santa Catarina, Lucélia Scaramussa Ribas Kryckyj, afirma que há registros em laboratórios de outros Estados da presença de sildenafil em amostras do "melzinho do amor".

"Esse produto vem com uma apelação muito grande, como se fosse inofensivo. Mas há Estados que já conseguiram identificar em suas amostras o sildenafil, que é uma substância medicamentosa utilizada para disfunção sexual", afirma.

O laudo do Lacen não encontrou sildenafil e mostrou que a amostra continha: grãos de pólen; elementos histológicos de Cinnamon sp (canela); cristais e outras partículas e amorfas não identificadas. A presença de caviar não pôde ser confirmada pelo Lacen.

6. Quais os riscos do 'melzinho do amor'?

Segundo a professora, pesquisadora do Grupo de Estudos de Produtos Naturais e Sintéticos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Maique Biavatti, não há comprovação científica de que a mistura de canela, mel e caviar seja capaz de causar o mesmo efeito do Viagra.

Ela alerta que esses produtos podem conter sildenafil, substância contida em medicamentos para tratar disfunção erétil, e que o risco é maior porque as quantidades são desconhecidas. A bula do Viagra orienta que o consumo máximo seja de um comprimido por dia. No caso do produto, não há dosagem máxima indicada.

"É um risco fazer uma 'mistureba' de coisas nada a ver, com apelo natureba, e colocar junto a essa substância. O que é extremamente perigoso nesse caso específico porque existem muitos casos de senhores de idade que usaram [o Viagra] e acabaram tendo problemas de infarto, pois ele tem um efeito secundário no sistema cardiovascular", afirma.

A professora Maique Biavatti alerta que mesmo substâncias naturais podem causar efeitos colaterais. "Existe o mito de que o que é natural não faz mal, e não é bem assim", diz.

Outra hipóteses, segundo Maique, é que os resultados após o uso estejam associados a um efeito placebo.

"A pessoa às vezes tem alguma coisa sexualmente mal resolvida ou alguma baixa autoestima e oferecem pra ela essa mistura de coisas nada a ver. O caviar e canela, que lembram a virilidade, a potência. Ela já vai esperar que aquele efeito seja causado nela, né? O placebo é isso: é a expectativa da cura, que é muito comum no ser humano", pontua.

Com informações do Ig.

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