O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta sexta-feira (19), em reunião com prefeitos, que vai alterar a estratégia de vacinação contra a covid-19 no Brasil. A fala surge após inúmeros municípios interromperem a vacinação pela falta de imunizantes.
De acordo com a FNP (Frente Nacional de Prefeitos), 4,7 milhões de novas
vacinas são aguardadas a partir da próxima terça-feira (23) para a imunização
de 4,7 milhões de brasileiros. “Vamos continuar atentos à negociação para
eventual alteração na metodologia”, disse a entidade.
Pazuello também garantiu para os prefeitos presentes no encontro que
“todos os leitos necessários, habilitados e usados serão pagos” pelo governo
federal. “Ninguém vai ficar com leito sem poder usar e sem receber pelo uso”,
escreveu a FNP nas redes sociais.
Cobrado pelo ex-prefeito de Campinas e presidente da FNP, Jonas
Donizette (PSB), o ministro da Saúde garantiu que fará uma adaptação no PNI (Plano
Nacional de Imunização) para incluir profissionais de ensino no grupo
prioritário “o mais rápido possível, muito provavelmente até março”.
Os prefeitos de Salvador (BA), Bruno Reis (DEM), de Curitiba (PR),
Rafael Greca (DEM), e de Cuiabá (MS), Emanuel Pinheiro (MDB), aproveitaram o
encontro para manifestar o interesse na aquisição das vacinas pelos municípios.
Eles, no entanto, afirmam que precisam de apoio para colocar o plano em
prática.
Ontem (18), em reunião com governadores, Pazuello anunciou que serão
distribuídas mais de 230,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aos
Estados até julho. Ele avalia que a quantidade é “suficiente para dar
tranquilidade de proteção à população contra essa doença”.
“Faço um apelo, não queremos disputar com o governo federal, mas seria
importante permitir que Estados e municípios pudessem comprar para garantir a
imunização”, pediu Reis. Segundo ele, Salvador já consegui fechar uma carta de
crédito para comprar os imunizantes, mas a aquisição foi barrada “porque a
embaixada colocou óbice”.
TONY WINSTON/MS – 21.01.2021
Fonte: Portal R7
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