A direção do HRC disse que já se articula para locar novos equipamentos, mas não deu prazo para o retorno das cirurgias.
FOTO: Antonio Rodrigues.
Por falta de equipamentos, pacientes do Hospital Regional do Cariri
(HRC), em Juazeiro do Norte, reclamam que estão há quase um mês aguardado
realizar cirurgias. Os próprios médicos teriam informado aos familiares que os
arcos cirúrgicos estão quebrados e, por isso, estão impedidos de realizar os
procedimentos. A Unidade de Saúde admitiu a situação e disse que está
solucionando o problema.
O fotógrafo Mateus Leandro, de Icó, acompanha seu pai, internado há 23
dias no HRC, após ele sofrer um acidente de moto. “Ele foi bem atendido, teve
uma boa assistência, mas quando fez exames e viu que era caso cirúrgico,
recebemos a notícia que equipamentos tinham quebrado e não tinha previsão de
consertarem”, conta.
Desde então, a mesma ala vem acumulando pacientes que também aguardam
cirurgias, como o pai de Mateus, que espera um procedimento no joelho.
“Tem pessoas há que um mês, outros com 15 dias. A gente pergunta aos
médicos e não conseguem dar informação. Dizem que é mais com a direção e eles
não têm acesso a isso. Repetem: ‘Calma, vai dar certo’, mas não dão nenhuma
data”, lamenta o fotógrafo.
Com este impasse, a família de Mateus pretende realizar o procedimento
na próxima semana em uma unidade particular, mesmo tendo um grande gasto. “A
cirurgia ortopédica geralmente é cara. A gente sondou e viu que é em torno de
R$ 12 mil”, garante. O fotógrafo chegou a denunciar à Ouvidoria do Estado e
também a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). “Sabe Deus quando vai ter uma
resposta positiva quanto a isso. Todo médico passa de manhã, falam que nesse
período já tem mais de 70 cirurgias acumuladas”, completa.
Referência para os 45 municípios e uma população de 1,5 milhão de
habitantes, o HRC informou, em nota, que os arcos cirúrgicos da unidade passam
por manutenção. “Novos equipamentos estão sendo locados para garantir a
continuidade dos serviços”, completou, sem estimar uma data. O Sistema Verdes
Mares entrou em contato com a Sesa, mas até a publicação desta matéria não teve
retorno.
(Fonte: Diário do Nordeste)
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