Há uma semana o pequeno Raymundo Emanuel Moura Ferreira, de cinco anos, comemora a decoração do novo quarto, no bairro Messejana, em Fortaleza. O que pode parecer comum para muitos é, para a família do menino, uma conquista: Raymundinho como é conhecido recebeu alta do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), localizado na Capital, na última quarta-feira (16) após 465 dias internado e agora está com os pais.
O motivo para internação foi uma pneumonia agravada, depois foi
atribuída à uma Amiotrofia Espinhal Infantil (AME). A doença,
degenerativa, foi descoberta já na unidade de saúde da Capital. Distante dos
dias de apreensão, a família, natural do município de Icó, construiu um novo
lar em Fortaleza para que o menino continue com o tratamento.
Diagnóstico
O alívio de Romero nem de longe lembra os momentos antes do diagnóstico
em junho de 2019. Por conta de uma doença “que não sarava”, Romero e a esposa,
Jamira Moura da Silva, 31, procuraram atendimento médico na cidade natal. Na época
Raymundo, com menos de quatro anos, apresentava sintomas de uma bronquite
forte.
“Agora vamos começar uma nova fase, no aconchego do lar. Só tenho a
agradecer ao hospital por tudo que nos proporcionou e nos ajudou. Foram
momentos difíceis que passamos, mas tivemos o apoio dos profissionais. Todos
sempre nos deram muito apoio, muito carinho e se tornaram parte da nossa
família também”, revela a mãe da criança.
Apoio
Para que a criança passasse a temporada na unidade, toda a equipe foi
mobilizada, lembra a pediatra Carolina Parente, uma das responsáveis pelos
cuidados. A assistência incondicional, bem como a força de vontade de Raimundo,
contudo, contornaram a situação. “Ele chegou bastante debilitado, com
insuficiência respiratória.
Foram muitas situações que ele conseguiu superar e vencer. A doença é
progressiva e acabou acometendo os movimentos das pernas e braços. Estabilizado
e com toda a assistência social garantida, agora ele está apto a voltar para
casa”, disse a pediatra Carolina Parente.
Apesar de estável, por conta da doença, a saúde do menino ainda é frágil
e a atenção continuará fora do Hospital. Devido às condições sociais da
família, Raimundo fará parte do Programa de Assistência Ventilatória
Domiciliar (PAVD), projeto do Governo do Ceará, e receberá o auxílio de uma
equipe multidisciplinar em domicílio. De acordo com o coordenador do Serviço
Social do HGWA, Michel Carvalho Barbosa, o setor deu todo o apoio e suporte à
família.
Fonte: Diário do Nordeste
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