O prefeito afastado de Granjeiro, Ticiano da Fonseca Felix, de 35, e o seu pai Vicente Felix de Sousa, de 61 anos, já estão numa sala da cadeia pública de Juazeiro denominada “Tourinho”. O primeiro foi preso em Fortaleza e, imediatamente, recambiado ao Cariri e o outro em sua residência no município de Granjeiro. Por volta das 17h30min desta quarta-feira eles dois e mais Anderson Maurício Rodrigues, de 23 anos, preso em Juazeiro, foram submetidos a exames cautelares na Pefoce do Cariri.
Prisões
aconteceram nesta quarta-feira em mais uma fase da operação da Polícia Civil e
o Ministério Público.
Estas
e outras prisões aconteceram nesta quarta-feira em mais uma fase da operação
com o objetivo de elucidar as circunstâncias da morte do prefeito de Granjeiro,
João Gregório Neto, de 54 anos, o “João do Povo, no último dia 24 de dezembro.
A Polícia Civil e o Ministério Público cumpriram mandados em nove alvos
investigados por participarem, direta ou indiretamente, da morte do político.
Apontado como articulador do crime, o Cabo PM Mayron Myrray Bezerra Aranha, de
29 anos, já estava preso.
Ele
responde, também, por tentativa de homicídio, crimes de trânsito, porte ilegal
e disparo de arma de fogo. O PM está afastado preventivamente da função e assinou
o mandado de prisão preventiva numa cela especial do 2º BPM. Cabo Mayron é
investigado ainda por uma tentativa de homicídio contra uma mulher de 23 anos,
em maio deste ano, em Barbalha por cujo motivo foi preso dia 12 de maio ao se
apresentar. Hoje cedo, ele foi transferido ao presídio militar de Fortaleza
Ao
contrário do que foi noticiado o irmão de Vicente, no caso José Plácido da
Cunha, de 53 anos, não foi localizado ontem em Maracanaú e é considerado
foragido. Ontem surgiram rumores no Cariri que ele tinha sido encontrado morto,
mas tudo não passou de boatos. A defesa de Ticiano e Vicente – filho e pai –
confiada ao advogado Luciano Daniel deve apresentar hoje um pedido de habeas
corpus perante o Tribunal de Justiça do Ceará.
Numa
conversa com o repórter do Site Miséria, Normando Sóracles, ele considerou as
prisões irregulares observando que Ticiano sempre esteve à disposição da
justiça e o seu pai era monitorado por tornozeleira eletrônica em prisão
domiciliar. O advogado negou ainda que, no momento de sua prisão em Fortaleza,
Ticiano tivesse se desfeito de um aparelho celular jogando-o fora.
Ontem
, mandados judiciais foram cumpridos em Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte,
Granjeiro e Salgueiro (PE) num total de 15 de busca e apreensão e 12 de prisão preventiva
e domiciliar em desfavor dos alvos da investigação. Segundo a polícia, Vicente
Tomé e o filho Ticiano são suspeitos de arquitetarem o plano que resultou na
morte do prefeito João do Povo e de articular a participação de outros
suspeitos que de alguma forma colaboraram para o homicídio. Ticiano assumiu o
cargo após o crime.
A
Polícia Civil também cumpriu mandados de prisão domiciliar contra Joaquim
Maximiliano Borges, de 42 anos, o “Max”, nomeado por Ticiano para ser o seu
secretário da administração e o prefeito teve o pedido de afastamento do cargo
na aceito pela Justiça. Outras prisões de Francisco Rômulo Brasil Leal dos
Santos, de 59 anos, gerente da loja de propriedade de Vicente e outra prisão
domiciliar para Geraldo Pinheiro de Freitas, de 67 anos, que, de acordo com as
investigações teria financiado o esquema criminoso para executar o plano de
morte do prefeito.
Outras
duas pessoas apontadas como financiadoras tiveram seus imóveis vistoriados
pelos policiais civis, na manhã de ontem. Quatro alvos de mandados de prisão
preventiva cumpridos participaram diretamente no homicídio, como apontam as
investigações no caso Anderson Mauricio, com antecedente por receptação; e
Wendel Alves de Freitas Mendes (26), com passagens por furto, estelionato, receptação,
associação criminosa, falsidade ideológica e por integrar organização
criminosa.
Este
último tinha sido preso, no último dia 9 de julho, numa casa no bairro Muriti
em Crato juntamente com Willyano Ferreira da Silva (30), natural de Salgueiro
(PE). Contra os dois, mandados de prisões temporárias relativos à investigação
do homicídio do prefeito de Granjeiro. Na operação, a polícia apreendeu R$ 120
mil em dinheiro encontrados com Geraldo Pinheiro de Freitas, que está em prisão
domiciliar, e um revólver 38 muiciado na casa de Plácido que está foragido.
Por: Demontier Tenório-MISÉRIA.
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