As simulações apontam que a capital cearense está na “periferia” do fenômeno e, diante disto, os possíveis impactos serão simples. O cenário é diferente em áreas dos Estados Unidos, Canadá e México, onde a visibilidade já está bastante afetada.
“Esta nuvem de poeira
que se desloca da África em direção ao Caribe é uma massa de ar seco carregada
de partículas de areia que se forma sobre o deserto do Saara nesta época do ano
e se move para o oeste. Quando ocorre, costuma ser de curta duração, não
superior a uma semana, porém a presença de ventos pode fazer com que cruze o
Atlântico, percorrendo mais de 10 mil quilômetros. Diante disto, o Ceará não
deve ser afetado diretamente”, explica Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia
da Funceme.
Diante do atual cenário
e pelos resultados de tecnologias de previsão, a passagem da “Godzilla”, como
vem sendo chamada, pode alterar apenas a coloração do céu visto do Ceará
durante o nascer e/ou pôr do sol.
“Normalmente, durante o
nascer e pôr do sol enxergamos o céu com uma cor alaranjada porque com o astro-rei
mais próximo do horizonte, os raios solares atravessam uma camada maior da
atmosfera e, com ela mais poluída por partículas de poeira ou fumaça, pode
colaborar para um pôr ou nascer do sol mais avermelhado ou alaranjado”, reforça
Sakamoto.
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