O
ministro Sergio Moro,
da Justiça, falou ao presidente Jair Bolsonaro,
nesta quinta-feira (23/4), que sai do governo se ocorrer a troca de comando da Polícia Federal. Bolsonaro tenta,
agora, impedir a saída de Moro.
Bolsonaro
anunciou ao ministro que o atual diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, deve
ser demitido para dar lugar a um nome que tenha maior proximidade com o
Planalto. Moro, porém, vê na troca um ato extremo de desautorização, que ocorreria
para proteger aliados atualmente na mira da corporação, e disse que, saindo
Valeixo, ele também sai.
A
intenção de fazer a troca ocorre em meio ao andamento de um inquérito, aberto
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do Procurador-geral da República,
Augusto Aras, que mira deputados bolsonaristas. Eles são suspeitos de atuar para
financiar e incentivar manifestações contra o Supremo e o Congresso.
As manifestações foram
convocadas em várias cidades para pedir um "novo AI-5". O próprio presidente participou de um ato em frente ao
Quartel General do Exército, em Brasília.
Resistência da corporação
As tentativas de trocar o
diretor-geral da PF encontram resistência não só de Moro, mas também de
delegados e agentes. É consenso que, se concretizadas, enfraquecerão o ministro
da Justiça.
Dentro da corporação, a notícia
da troca foi recebida como uma bomba por agentes e delegados. Nem a Presidência
nem o Ministério da Justiça se manifestaram oficialmente sobre o caso, até o
momento.
Fonte: Correio Braziliense
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