Ao longo das últimas
semanas, uma pesquisa se tornou motivo para preocupação. De acordo com dados de
geolocalização dos celulares, os índices de pessoas circulando pelas ruas em
todo país têm aumentado cada vez mais. O levantamento feito pela In Loco,
startup brasileira que criou o IIS (Índice de Isolamento Social) e faz o
monitoramento diário com base nos parâmetros fornecidos pelas operadoras de
telefonia, somente na última terça-feira (14), o número de pessoas em casa caiu
para 46,2%. Essa foi a menor taxa desde o dia 20 de março, quando praticamente
não havia decreto de quarentena no país.
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Os números oscilaram
durante os dias da semana. O ideal para evitar um colapso do sistema de saúde é
que cerca de 75% da população se mantenha em casa. Porém, a média tem ficado
abaixo de 50%. Entre os dias 6 e 12 de abril, o índice ficou em 52,3%.
Nos últimos 25 dias,
a média do ISS foi de 53,3% —do dia 24 de março, primeiro dia de quarentena em
São Paulo, principal foco dos casos, ao 17 de abril.
Nos finais de semana,
há um número de pico de isolamento social, porém, até mesmo esse índice
apresentou queda. O máximo de pessoas em casa foi registrado no dia 22 de março
(domingo), com índice de 69,6%. Desde então, o IIS despencou até chegar a 59,8%
no domingo (12). Quase 10% de queda.
Perigo
A queda do número de
pessoas que se mantém em casa pode trazer graves consequências em todo país. De
acordo com pesquisadores brasileiros, qualquer número abaixo de 75% é
insuficiente para evitar um cenário catastrófico no Brasil. O aumento no pico
de casos graves de Covid-19 vai superlotar as UTIs e, consequentemente, o
número de mortes deve aumentar vertiginosamente.
"Dada a
realidade de leitos no país, 75% seria um percentual que indica a proteção do
sistema de saúde com uma certa folga", afirma Askery Canabarro, professor
de Física da Ufal (Universidade Federal de Alagoas).
Com informações do UOL
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