Parlamentares
de partidos de direita e de centro criticaram a atitude do presidente Jair
Bolsonaro neste domingo (15/03). Ele participou da manifestação em Brasília e
interagiu com manifestantes, contrariando as recomendações do Ministério da
Saúde.
Pelo
Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, foi um dos que
criticaram o presidente. Em uma comparação com as ações dos governos
internacionais, o parlamentar escreveu: “Por aqui, o Presidente da República
ignora e desautoriza o seu ministro da Saúde e os técnicos do ministério,
fazendo pouco caso da pandemia e encorajando as pessoas a sair às ruas. Isso é
um atentado à saúde pública que contraria as orientações do seu próprio
governo”.
Na sequencia
o presidente da Câmara escreveu: “A situação é preocupante e exige de todos nós
serenidade, racionalidade, união de esforços e respeito. Somos maduros o
suficiente para agir com o bom senso que o momento pede.”
O presidente
do Senado, Davi Alcolumbre também se manifestou. Em nota à imprensa, o
parlamentar disse que a crise necessita de responsabilidade por parte de todos:
“Com a pandemia do coronavírus fechando as fronteiras dos países e assustando o
mundo, é inconsequente estimular a aglomeração de pessoas nas ruas. A gravidade
da pandemia exige de todos os brasileiros, e inclusive do presidente da
República, responsabilidade! Todos nós devemos seguir à risca as orientações do
Ministério da Saúde”.
O líder do
Solidariedade na Câmara, Zé Silva (MG), disse que "muito mais importante
do que a gente fala é o que faz". A presidente da Comissão de Cidadania e
Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), também foi sucinta nas
palavras. Ela disse apenas que deixa "a fotografia e história falarem por
si"
A líder do
PSL na Câmara, ex-partido de Bolsonaro, Joice Hasselmann (SP), disse que a
atitude de Bolsonaro é incompreensível. "Não dá pra entender o
comportamento irracional do presidente", disse. "Ou é maluquice ou
irresponsabilidade. Nem Freud explica", afirmou.
O líder do
PSD no Senado, Otto Alencar (BA), classificou o comportamento do presidente
como o de um "bufão". "Uma palhaçada com uma coisa tão grave
como essa", disse. Alencar, que é médico e ex-secretário de Saúde na
Bahia, disse que irá encaminhar um pedido aos presidentes do Senado e da Câmara
amanhã pedindo que os R$ 30 bilhões de emendas, os quais a gestão ainda é disputada
entre Congresso e Executivo, sejam destinados à saúde para combater o avanço do
coronavírus.
O líder do
MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), também fez críticas. "Não ajuda neste
momento que nós estamos vivendo tantos desafios", disse. O emedebista, no
entanto, afirmou que a manifestação não altera a relação entre Executivo e
Legislativo. "Ele (o presidente) tem um estilo. A essa altura, o Congresso
já sabe o que esperar. Acho que não muda nada, não."
Com
informações portal Correio Braziliense.
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