Apesar de minimizar os efeitos causados pelo novo coronavírus, o
presidente Jair Bolsonaro está ciente do perigo que corre a população, em
especial os mais idosos. Bolsonaro recebeu no último dia 24 um relatório da
Agência de Inteligência do Governo Federal (Abin), prevendo que, caso a doença
se espalhe aqui como se espalhou em países como China, Itália e Irã, matará
5571 brasileiros até o dia 6 de abril, ou seja, em 10 dias.
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A informação foi
publicada pelo portal The Intercept, que teve acesso aos informes da Abin,
classificados como sigilosos. Caso seja verídico, fica claro o comportamento de
desprezo do presidente ao orientar que a população siga na contramão do que
precisa ser feito para travar o vírus, inclusive pedindo a população o fim das
medidas de confinamento.
Apesar de Bolsonaro,
todos os governadores e muitos prefeitos do Brasil estão criando medidas de
proteção à revelia do que é sugerido pelo Governo Federal. Na última
terça o presidente desdenhou da doença, criticando o que chama de espírito de
terra arrasada e histeria, classificando a doença como uma gripe ou um
resfriado.
De acordo com o The
Intercept, os informes da agência são claros ao enfatizarem a urgência de
medidas de contenção como o isolamento. ““Coréia do Sul, Irã e China
conseguiram mudar a direção da reta, provavelmente depois da adoção de medidas
de contenção”, avalia a Abin no documento mais recente, finalizado às 22h10
desta segunda, 23. A agência é comandada pelo ministro Augusto Heleno,
do Gabinete de Segurança Institucional – uma das vítimas do coronavírus
após a viagem do presidente aos EUA, há alguns dias.
O relatório também
afirma que, caso a demanda por leitos de UTI poderá ultrapassar a oferta,
causando um colapso do sistema de saúde.
Com informações do The Intercept
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