2020 é ano de eleições municipais no Brasil. Por
conta disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
recebeu representantes do Google, Facebook, WhatsApp e Twitter para discutir estratégias
de combate a informações e notícias falsas durante o período eleitoral.
Os encontros não foram meras formalidades. Em outubro, as quatro
plataformas aderiram ao Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE, que
visa justamente evitar que redes sociais e serviços de mensagens instantâneas
sejam usadas para disseminação de informações falsas com fins políticos.
De acordo com o TSE, Google, Facebook (também representando o
WhatsApp) e Twitter "se comprometeram a atuar ativamente para desestimular
ações de proliferação de informações falsas e aprimorar ferramentas de
verificação de eventuais práticas de disseminação de desinformação".
O órgão também explica que as reuniões — todas realizadas na
segunda-feira (11) — foram uma forma de o TSE conhecer melhor o funcionamento
de cada plataforma e, assim, saber o que pode ou não ser feito para combater a
desinformação.
Também é de se esperar que o TSE possa se comunicar com essas
empresas mais rapidamente sempre que a situação exigir.
Nas reuniões, cada companhia descreveu as medidas que já são ou
serão adotadas para combater fake news e uso indevido de suas plataformas no
período eleitoral. Resumidamente, são estas:
Google: a empresa fala em implementar algoritmos que
priorizam informações publicadas nas páginas oficiais da Justiça Eleitoral ou
em veículos de imprensa confiáveis, além da possibilidade de criar uma área
específica nas páginas de resultados com informações eleitorais;
Facebook: a companhia destacou as ações que já foram
realizadas ou estão em andamento, como remoção de contas falsas, parcerias com
agências de checagem de notícias e adoção de um sistema automatizado de remoção
de conteúdo irregular;
WhatsApp: por meio de seu diretor de políticas
públicas, Pablo Bello, o WhatsApp explicou que não pode fazer moderação de
conteúdo por ser um serviço com criptografia de ponta a ponta, mas destacou
medidas como a que bloqueia encaminhamento em massa de mensagens e a função que impede que
usuários sejam incluídos em grupos sem autorização prévia;
Twitter: a rede social também destacou que
estabeleceu parcerias com agências de checagem de notícias e se comprometeu a
dar treinamento para assessorias de Comunicação da Justiça Eleitoral sobre o
funcionamento de sua plataforma.
Com informações: TSE.
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