FOTO: HELENE SANTOS.
Assada, frita ou cozida, a
mandioca, também conhecida em diferentes regiões do País como macaxeira ou
aipim, é uma das raizes mais solicitadas na culinária brasileira. Prova disso é
o título concedido recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU) que
elege o alimento como o mais importante do século 21.
Na concepção da nutricionista da
Universidade de Fortaleza – Unifor, Cinthia Queiroga, a escolha se explica pelo
fato de a mandioca ser uma opção de consumo simples é acessível.
Além do mais, o alimento é
comumente encontrado tanto na mesa de quem se apresenta com menor poder de
compra quanto na construção de cardápios mais elaborados.
“Portanto, os pratos construídos
à base de macaxeira perpassam por todas as classes sociais. E o melhor, ela é
uma raiz rica de nutrientes importantes para o corpo desenvolver suas funções
diárias”, afirma Cinthia.
No quesito propriedades, a
profissional diz que, a escolha se justifica ainda pelo fato de a mandioca ser
um alimento rico em energia, carboidrato, fibras, vitaminas C e A.
Por esta razão, iguaria é
bastante recomendada para ser ingerida no pré-treino, tanto de atletas quanto
na alimentação de adultos e crianças de maneira geral. “Por ser naturalmente
livre de glúten, a população acometida pela doença celíaca, por exemplo, também
se beneficia com a inclusão da macaxeira na alimentação frequente”, revela.
Escolha
A mandioca é um produto
resistente à seca. Por esse motivo, a produção acontece o ano inteiro,
principalmente na região Nordeste, geralmente com qualidade boa. No entanto, a
profissional alerta para alguns sinais sobre o aspecto de apresentação da raiz
na hora de adquiri-la.
Antes de comprar é fundamental
observar se a casca está firme na parte branca da macaxeira. Outro detalhe
importante é em relação ao aspecto da borda. “Caso esteja escurecida, com
presença de mofo ou manchada, o consumo deve ser evitado”, recomenda a
especialista.
Para garantir a boa conservação
da mandioca, Cinthia diz que, dependendo do tempo que o produto precisa ficar
in natura, ele deverá ser levado à geladeira e, se necessário, pode ser
congelado.
O ideal é que o alimento seja
armazenado descascado, fatiado e separado em porções. “Essa é uma maneira
prática de uso no dia a dia e a melhor forma para evitar qualquer desperdício”,
acrescenta.
Subprodutos
A partir da macaxeira é possível
desenvolver variadas preparações e combinações. De acordo com a nutricionista,
a raiz fornece diversos subprodutos, a exemplo da farinha, do tipo branca ou
amarela, a goma, elemento do qual se origina a tapioca, e o polvilho usado no
pão de queijo, conhecido como araruta.
A tapioca pode ser simples ou
recheada com coco, queijo, carne de sol, camarão ou molhada ao leite de coco.
Para quem gosta da versão mais leve ou vegana, é possível caprichar nas
combinações com sucos de beterraba ou de folhas, a exemplo do couve-manteiga ou
manjericão.
Já a farinha pode ser utilizada
na produção da paçoca, do beiju, ou do ensopado como forma de engrossar a
preparação. No Ceará, a maneira mais frequente de manuseio da farinha é na
farofa. Além dos subprodutos, a macaxeira permite ser consumida em diferentes
opções, incluindo em pratos mais elaborados, a exemplo do escondidinho.
Combinações
O consumo da macaxeira é sempre
bem aceito. Como ela é fonte de carboidrato, pode substituir o pão no café da
manhã, acompanhada de ovo ou queijo. No almoço ou jantar pode ser associada a
uma proteína magra. A carne de sol é uma das principais pedidas pelos
nordestinos, o que não impede de combinar a iguaria a outras proteínas, a
exemplo do filé de peixe.
“Tanto a cozida quanto a assada
combinam com qualquer proteína e em todas as refeições. A escolha vai do gosto
de cada um. O importante é variar para que se consiga obter todos os nutrientes
por meio de alimentação balanceada”, conclui Cinthia.
Fonte Diário do Nordeste
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