Pesquisadores já estão em campo para
descobrir o que, em uma década, mudou nas atividades rurais do Brasil. Eles
participam do Censo Agropecuário 2017.
O que começa a ser desenhado é um mapa do Brasil rural em números e
detalhes. Qual é a produção agrícola do país? Quantos rebanhos? Que tipos de
animais são criados? Quem são os agricultores e pecuaristas e como eles
trabalham? Nas entrevistas, serão levantadas informações sobre área,
produção, características do pessoal ocupado, emprego de irrigação, uso de
agrotóxicos, entre outros temas.
Dezenove mil recenseadores do IBGE começaram,
no domingo (1º), uma coleta digital dos dados, que vai até fevereiro. O censo
vai passar por 5,3 milhões de propriedades agropecuárias.Os resultados do Censo
Agropecuário 2017 devem começar a ser divulgados pelo IBGE em meados de 2018.
“É uma atividade da mais alta importância não só para o IBGE, mas
principalmente para o país. O agronegócio influencia de maneira definitiva e muito
profunda a todo desempenho da economia brasileira”, disse o ministro do
Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira.
O IBGE não vai fazer distinção do tamanho da área, pode ser qualquer
pedaço de terra. O que importa é a produção agrícola e a criação pecuária, para
sustento da família ou para o comércio. E o censo já constatou uma tendência:
pequenos sítios, onde pais e filhos plantam e colhem para vender em feiras da
região. É o crescimento da agricultura familiar.
Tecnologia
A coleta de dados para o Censo Agro
2017 será inteiramente digital, por meio dos Dispositivos Móveis de Coleta
(DMCs), que rodam um aplicativo inteiramente desenvolvido pela Diretoria de
Informática do IBGE e serão capazes de mostrar a imagem do setor censitário, a
posição do recenseador no terreno e os endereços dos estabelecimentos a serem
recenseados.
Com a tecnologia, também será
possível identificar novos estabelecimentos e cadastrá-los. “Além disso, para
garantir que as informações sejam coletadas no setor determinado, o sistema
utiliza o GPS e, inclusive, não permite que o questionário do Censo Agro seja
aberto fora do local correto”, informou o IBGE.
O novo sistema também vai melhorar a
crítica dos dados, orientando os recenseadores durante a coleta, para que o
questionário seja preenchido de forma correta. “À medida que o recenseador
coleta as informações, os dados já começam a ser transmitidos e conferidos”.
Nova Pesquisa
O Censo Agropecuário 2017 também vai
subsidiar a implantação do cadastro de estabelecimentos agropecuários e do
Sistema Nacional de Pesquisas Agropecuárias, que permitirá a criação da
Pesquisa Nacional por Amostra de Estabelecimentos Agropecuários.
A pesquisa irá a campo anualmente
captar dados detalhados sobre receitas e despesas na produção, crédito e seguro
rural, proteção de mananciais, conservação da fauna e flora, uso de
agrotóxicos, técnicas de produção, além da situação social e familiar dos
trabalhadores do campo.
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