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Composto do gengibre pode agir contra câncer de mama

O real potencial terapêutico do gingerol contra o câncer de mama apenas poderá ser determinado com a continuidade dos estudos de toxicologia em animais, e depois em humanos.

Cientistas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) afirmaram recentemente que substâncias isoladas do gengibre conseguem inibir o crescimento de tumor primário de mama, e também evitar metástases para ossos, pulmão e cérebro. As conclusões foram obtidas a partir de pesquisas feitas com animais; ainda não houve testes com humanos.

A molécula em estudo, segundo eles, age induzindo a morte celular programada, uma ação que se espera das moléculas antitumorais. As pesquisas têm sido realizadas com tumores que não podem ser alvo de quimioterapia específica, como os chamados tumores de mama triplo negativos.

O fato da quimioterapia matar ou inibir célula cancerosas, mas também células saudáveis do organismo é um dos motivos para a busca de novos compostos, mais eficazes e com menos efeitos colaterais. 

As pesquisas com o gengibre foram estimuladas a partir de estudos populacionais que mostraram risco menor de câncer em habitantes de países asiáticos, onde há uma dieta rica em gengibre, soja, cebola, tomate, pimentas e chá verde, em comparação com países ocidentais.

Para não causar falsas esperanças em pacientes com câncer, os pesquisadores enfatizam que os gingerois não são a "nova fosfoetanolamina". Como ainda não foi realizado nenhum estudo em seres humanos, apenas em camundongos, não se pode ter certeza de que esse composto será, de fato, efetivo para mulheres com câncer de mama.

O processo para que as substâncias possam se transformar em remédios é longo. "Com sorte e muito recurso, não leva menos de dez anos", calculam.


Diário do Nordeste

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