O governador Camilo Santana (PT) enviou à Assembleia Legislativa na
tarde desta sexta-feira, 28, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
que proíbe expressamente a concessão de anistias
administrativas para policiais militares que promoverem motins no
Estado.
Camilo Santana, governador, no Palacio da Abolição. Visita interministerial à operação de GLO no Ceará. (Fotos: Fabio Lima/O POVO). |
A expectativa é que a mensagem seja votada já neste fim de semana,
em convocação extraordinária aos deputados estaduais. O Colégio de Líderes
do Legislativo está reunido na tarde desta sexta-feira, 28, para definir
detalhes da convocação. Uma coletiva de imprensa deve ser organizada pela Casa
para anunciar oficialmente a iniciativa.
Segundo o governo, a ideia é que a PEC seja lida no expediente da
Assembleia já pela manhã deste sábado. Nesta sexta-feira, são intensas as
articulações do governo para convocar deputados da base aliada – muitos deles
de viagem ao Interior do Estado – para a votação.
"Acaba de chegar à Assembleia mensagem enviada pelo Governo do
Ceará que proíbe anistia de militares. Estamos em reunião tratando sobre pauta
de votação extraordinária", anunciou, nas redes sociais, o presidente da
Assembleia Legislativa, Dr. Sarto (PDT).
Proposta endurece relação entre governo e movimento
A proposta sinaliza um endurecimento ainda maior do governo
estadual contra motins de policiais militares no Estado. Atualmente, a anistia
ampla e irrestrita a todos os envolvidos no movimento é uma das condições
básicas da categoria para a resolução do impasse com o Estado.
Na manhã desta sexta-feira, 28, comissão com membros dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário que articulam negociações entre governo e
policiais questionaram ausência de líderes e de uma "pauta
concreta" dos manifestantes. Segundo eles, um dos atuais
líderes do movimento, o ex-deputado Cabo Sabino, possui mandado de prisão em
aberto e, por isso, não tem legitimidade para participar dos acordos.
O POVO
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