Com o fim da manifestação no Porto do
Mucuripe, neste sábado (26), caminhões carregados com combustível saíram
da base de tancagem escoltados por policiais e abasteceram parte do
estoque do Aeroporto de Fortaleza e também de postos da capital e interior. A
Fraport informou que recebeu quatro carretas com combustível, porém segue
operando com nível de reserva.
Motoristas de aplicativo e
caminhoneiros fechavam, desde quinta-feira (24), os acessos ao cais do
Porto do Mucuripe. Os caminhões só deixaram o local depois de um acordo entre
manifestantes e a Polícia Rodoviária Federal do Ceará (PRF-CE). O Ceará
registra protestos contra aumento do combustível desde segunda-feira, com
bloqueio nas rodovias do estado.
Conforme a empresa administradora do
aeroporto de Fortaleza, o reabastecimento é suficiente para que as operações
sigam até a madrugada deste domingo (27). “Informações sobre alterações de
itinerários e cancelamentos deverão ser obtidas diretamente com as companhias
aéreas”, informou, em nota, a Fraport.
Já o vice-presidente do Sindipostos,
Paulo Sérgio Pereira, comentou que, pelo menos, 40 postos receberam combustível
desde as 13h deste sábado. Ainda assim, ele diz que a situação é critica e que
os estabelecimentos devem voltar à normalidade aos poucos.
“Eles (postos) estão recebendo os
caminhões-tanque, mas a demanda por gasolina é muito grande. Estamos com caminhões
abastecendo os postos de Fortaleza e também em cidades do interior. Os
estabelecimentos receberam menos do esperavam, porque a quantidade foi dividida
entre os postos. Na medida do possível, estamos normalizando a situação”, disse
Paulo Sérgio.
Espera
de até 30 minutos
Motoristas que tentaram abastecer os
veículos na tarde deste sábado enfrentaram longas filas nos estabelecimentos da
capital. Mais de 25 carros e motos formaram uma fila que virou o quarteirão em
um posto na Avenida Pe Antônio Tomás, no Bairro Aldeota.
Um dos motoristas disse que precisou
esperar 30 minutos na fila para conseguir abastecer o carro.
Também foram registradas longas filas
em postos de combustíveis nas avenidas Pontes Vieira, no Bairro São João do
Tauape; Raul Barbosa, na Aerolândia; Perimetral, no São Cristóvão; e na rodovia
BR-116, na altura do Bairro Cajazeiras.
A falta do produto é consequência do
desabastecimento com o 6º dia de protestos de caminhoneiros. No Ceará, a greve
afeta serviços nos supermercados, farmácias, trânsito, Ceasa e aeroportos.
Com
informação do G1
0 Comentários