Foto: Ricardo Stuckert |
O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva foi confirmado nesta quinta-feira (25) como
pré-candidato do PT ao Palácio do Planalto. Em reunião da Executiva Nacional do
partido, a direção destacou que não abrirá mão da candidatura de Lula, mesmo
perante a confirmação da condenação pelo TRF4.
O ex-presidente também ressaltou o caráter
político do juízo a que foi submetido e criticou a conduta dos três
desembargadores que votaram alinhados por sua condenação em um processo frágil
e sem provas. "Os três juízes se pronunciaram por tantas e tantas horas e
meu advogado só teve 15 minutos. Eles sabem que eles condenaram um inocente. A
decisão de ontem foi política e obviamente que não estou feliz, mas eu duvido
que aqueles que me julgaram estejam com a consciência tranquila", avaliou.
Ao comentar a sentença, cuja pena foi prorrogada
para 12 anos e 1 mês, Lula indicou um jogo combinado por parte dos magistrados.
"Eles construíram um cartel para dar uma sentença unânime e evitar os
tais dos embargos infringentes. Eles sabem que a condenação de ontem foi
muito mais para valorizar a categoria dos juízes, o corporativismo, do que uma
sentença pra analisar um julgamento", pontuou.
Candidatura
Acompanhado de cinco governadores, da direção do
partido e da presidenta eleita Dilma Rousseff, Lula afirmou estar com a
consciência tranquila. "Eu não quero ser candidato pra me proteger. A
minha proteção é a minha inocência. E se for candidato não é pra me inocentar,
é pra governar esse país decentemente e recuperar o Brasil', pontuou.
"O que está sendo julgado é a forma que nós
governamos esse país. É a tentativa de criminalizar uma organização política
que colocou o pobre pela primeira vez no centro da discussão social",
disse, ao lembrar as gestões petistas.
Viagem
Lula viaja na madrugada de sexta-feira (25) para a Etiópia, a convite da
União Africana, para falar do exemplo do Brasil no combate à fome. Na
segunda-feira (29), ele retorna a São Bernardo do Campo.
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