Prefeitos derrotados nas eleições municipais de 2024 do Ceará estão promovendo manobras para garantir cargos e contratos em consórcios regionais antes do fim de seus mandatos. A estratégia inclui a convocação de assembleias para definir a gestão de importantes instituições, como policlínicas e consórcios intermunicipais. Quem tem que votar e escolher o melhor para as instituições para os próximos dois anos são os prefeitos eleitos, que terão a responsabilidade de gerir o serviço público e cuidar da população.
Um exemplo alarmante é o caso da
Policlínica de Iguatu. O prefeito derrotado de Saboeiro, Marconi, que
atualmente preside o consórcio, convocou uma assembleia para o dia 10 de
dezembro deste ano. O objetivo é eleger, com o voto de prefeitos que deixam o cargo
no final de 2024, a gestão da unidade de saúde para os próximos dois anos. A
medida, claramente voltada para garantir interesses pessoais, impede que os
novos prefeitos, que assumirão a partir de janeiro de 2025, tenham a
oportunidade de influenciar essa escolha estratégica.
As Policlínicas já vivem em
grandes dificuldades de recursos, e manobra como essa prejudicará mais ainda a
saúde financeira das unidades de saúde, já que vão ficar lotadas de cabides de
empregos. Algo que gera preocupações sobre grandes impactos na qualidade da
gestão e nos serviços oferecidos à população.
O episódio destaca a necessidade
de atenção e intervenção do Governo do Estado para garantir a lisura e a
continuidade dos serviços públicos nos consórcios regionais.
Os prefeitos eleitos estão se
mobilizando para buscar o apoio do Governo do Estado com o objetivo de resolver
essa situação e garantir que tenham o direito de escolher os gestores da
Policlínica e do CEO pelos próximos dois anos. Além disso, não descartam a
possibilidade de judicializar a questão para suspender a eleição convocada,
assegurando que o processo seja realizado de forma justa e transparente,
priorizando os interesses da população.
Por: Blog do Roberto Moreira
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