Um ataque com explosivos resultou em uma morte em plena Praça dos Três Poderes, espaço central dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário do Brasil, na noite da última quarta-feira (13).
O ministro das Cidades, Jader Filho, foi enfático ao dizer que o episódio ocorrido na noite de quarta-feira (13) deve ser classificado como terrorismo.
Ministro Jader Filho declarou que o Brasil precisa repensar a forma como enxerga atos terroristas ocorridos no país | Gabriel Oliveira/Aescom MCid
Já nesta quinta-feira (14),
autoridades e especialistas se posicionaram acerca do ocorrido em frente ao
prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro das Cidades, Jader Filho,
foi enfático ao tratar sobre o assunto, classificando o episódio como um ato de
terrorismo.
A declaração foi dada durante
coletiva de imprensa no fórum Urban 20 (U20), o maior encontro de prefeitos do
mundo, que antecede a cúpula dos chefes de Estado do G20, a qual será realizada
nos próximos dias, no Rio de Janeiro.
Jader Filho chamou a atenção
para que o país reflita e repense as ações que devem ser tomadas diante de
situações como essa. O ministro das Cidades do Governo Federal ressaltou que o
Brasil não pode continuar "colocando combustível" em atos desta
natureza.
"Se eventos como esse
continuarem acontecendo, obviamente o Brasil vai ter que mudar a sua forma de
enxergar a questão do terrorismo, porque o que nós vimos ontem foi um
terrorismo. Então, a gente precisa, como país, refletir, para que eventos como
esse não venham se repetir", afirmou Jader Filho.
ATAQUE AO STF
Na noite de quarta-feira (13),
por volta das 19h30, duas explosões foram registradas na Praça dos Três
Poderes, em Brasília (DF). Uma delas aconteceu próximo à sede do Supremo
Tribunal Federal (STF) e a outra no entorno da Câmara dos Deputados. O suposto
autor dos ataques morreu após detonar um dos explosivos próximo ao corpo. O
caso é investigado pela Polícia Federal.
O homem, que pouco antes havia
detonado o próprio carro a cerca de 300 metros da Esplanada dos Ministérios, já
foi candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina e esteve no STF em agosto.
Francisco Wanderley Luiz, de 59
anos, era chaveiro e disputou a eleição de 2020 com o nome de urna Tiü França,
em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Antes de morrer, publicou uma série de
mensagens sobre o ataque, misturando declarações de cunho político e religioso.
A Polícia Militar do Distrito
Federal (PMDF) desativou outros oito explosivos encontrados na região da Praça
dos Três Poderes entre a madrugada e manhã desta quinta-feira (14). O corpo do
autor do ataque só foi removido por volta das 9h, mais de 12 horas após o
atentado.
Autor:Adams Mercês
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