O Exército Brasileiro indiciou três coronéis por participar da elaboração de uma carta que tinha o objetivo de pressionar o comandante do Exército, General Marco Antônio Freire Gomes e autoridades das Forças Armadas a aderir um plano de golpe de estado contra o pleito que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República em 2022.
De acordo com a Tv Brasil, o
objetivo principal da carta era impedir a posse do presidente Lula. Conforme
apurado pelo Correio, o Inquérito Policial Militar (IPM) foi concluído nesta
semana e apontou que houve indícios de crime militar relacionados a críticas
indevidas e incitamento à indisciplina.
Os indiciados são dois militares
da reserva e um da ativa. Sendo eles o Coronel Anderson Lima de Moura, o
militar da ativa e Coronéis Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio
Machado Rezo, da reserva do Exército.
O quarto autor da carta, Coronel
Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, da ativa, teve a investigação suspensa,
em função de uma decisão judicial.
Agora, que a investigação foi
concluída, caberá ao Ministério Público Militar (MPM) apresentar, ou não,
denúncia. O MPM foi procurado pela reportagem, mas ainda não respondeu.
A Carta do Golpe
Os militares indiciados respondem
pelos crimes de incitamento à indisciplina em função de uma carta enviada ao
Comandante do Exército Brasileiro em 2022. À época, o comandante da Força era o
general Marco Antônio Freire Gomes, indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair
Bolsonaro.
Com o avançar das investigações
realizadas pela Polícia Federal sobre um possível plano de golpe durante o
governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Freire Gomes foi ouvido e
afirmou, em depoimento, que sofreu pressão e ataques por não aceitar o plano de
golpe proposto por alguns militares e integrantes do governo.
O Correio não localizou as
defesas dos coronéis indiciados. O espaço segue aberto para eventuais
manifestações.
Publicada originalmente no portal
Correio Braziliense
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