Por orientação médica, o presidente Lula cancelou a viagem que faria hoje para a Cúpula de Líderes do Brics, que acontece em Kazan, na Rússia, devido a um impedimento temporário para viagens de avião de longa duração. Segundo o boletim médico do Hospital Sírio Libanês de Brasília, o Presidente deu entrada na unidade nesse sábado e já foi liberado. Ele teve um corte na nuca após um acidente doméstico.
Evento acontece entre os dias 22 e 24 de outubro.
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© Ricardo Stuckert/PR |
O Presidente iria embarcar no
final da tarde deste domingo para o evento que acontece entre os dias 22 e 24
de outubro. Lula vai participar da Cúpula dos Brics por meio de
videoconferência e terá agenda de trabalho normal esta semana em Brasília, no
Palácio do Planalto.
A Cúpula vai receber pela
primeira vez os chefes de estado que se tornaram membros plenos após a expansão
do grupo, decidida na última cúpula, em agosto do ano passado, na África do
Sul. Além de Brasil, Rússia, Índia e China, países fundadores do bloco em 2009
e, posteriormente, a África do Sul, que ingressou em 2011, agora fazem parte do
Brics a Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. O convite
para a Argentina integrar o Brics foi recusado pelo presidente Javier Milei. Já
a Arábia Saudita ainda não aceitou formalmente o convite. Pelo menos outros 22
países devem participar como convidados.
Entre as pautas do encontro,
estão previstas as discussões de medidas para diminuir a dependência do dólar
nas negociações comerciais entre as nações que compõem o bloco, além de ações
para fortalecer instituições financeiras alternativas ao Fundo Monetário
Internacional e ao Banco Mundial. Uma das alternativas que serão apresentadas
no encontro é a criação de um sistema de pagamento alternativo ao dólar, o
chamado “Brics Bridge"; uma espécie de plataforma para a liquidação e
pagamento digital entre os membros do grupo. Por enquanto, a única instituição
financeira do Brics em funcionamento é o Novo Banco de Desenvolvimento,
presidido pela ex-presidente brasileira, Dilma Rousseff. O chamado Banco do
Brics é utilizado principalmente para financiar projetos de infraestrutura e
desenvolvimento entre os países-membros.
Debates sobre outras questões internacionais,
incluindo a crise no Oriente Médio, e sobre a cooperação para desenvolvimento
inclusivo, também estão na agenda dos chefes de estado que participam da
Cúpula. A presidência dos Brics, que é rotativa, está sob comando da Rússia até
o fim deste ano. De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2025, o Brasil exercerá a
presidência sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma
Governança mais Inclusiva e Sustentável”.
EBC
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